DESCOLONIZAR O OLHAR, PROVOCAR A IMAGINAÇÃO: NATUREZA, ESPAÇO, SABER E LINGUAGEM EM MANOEL DE BARROS

Autores

  • Eguimar Felício Chaveiro

Resumo

Despir o olhar do processo de colonização a que foi submetido historicamente por meio do discurso poético. Eis o objetivo deste trabalho, que busca, por meio de uma visão decolonial questionar o discurso hegemônico moderno que tem permeado o fazer científico e tecnológico. Essencialista e reducionista na visão que constrói do mundo e dos sujeitos, a ciência hegemônica vem contribuindo para a modificação drástica e predatória da natureza, do espaço, do saber e da cultura de comunidades tradicionais, por exemplo. Em virtude disso, se faz necessário contrapor ao olhar hegemônico um saber poético cuja visão valoriza o simples, o diverso, o surreal, o inútil, o abandonado, o desimportante... mostrando como a perspectiva racionalista e unilateral de enxergar o ser e o mundo pode ser limitada e excludente. Em síntese, trata-se de ver o mundo, a natureza, a cultura e a linguagem sob a ótica descolonizada da poesia de Manoel de Barros.

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Publicado

2019-05-12

Edição

Seção

Dossiê Literatura e Interculturalidade