(SOBRE)VIVER EM TEMPOS DE BARBÁRIE E DE HORROR: matizes do “teor testemunhal” em Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
Resumo
Este artigo discute alguns vieses e matizes dos quais se revestiram aquilo que Márcio Seligmann-Silva (2005) designa“teor testemunhal”, na configuração das memórias de uma (ex-)escrava, protagonistado romanceUm defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves (2006).Para tanto, ametodologia contempla os estudos teórico-críticos formulados por Gagnebin (2009), Ginzburg (2010), Seligmann-Silva (2001), Bosi (2003), dentre outros. Os resultados reafirmama importância e a urgência não somente de expor, mas de questionar e problematizar as diversasmanifestações do horror e da barbárie, a fim de serem rechaçadas quaisquer formas de abjeção.Assim, aconclusão a que podemos chegar é queo romance selecionado pode ser consideradoum triunfo que resiste ao esquecimento da catástrofe, principalmente, aquela que se acha relacionada ao regime escravocrata que vigorou no Brasil, até o século XIX, e que ainda encontra ressonâncias nos dias atuais.
Palavras-chave:Opressão. Mulher negra. Resistência.
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