(SOBRE)VIVER EM TEMPOS DE BARBÁRIE E DE HORROR: matizes do “teor testemunhal” em Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

Autores

  • Giselia Rodrigues Dias UFG/UEG
  • Flavio Pereira Camargo UFG

Resumo

Este artigo discute alguns vieses e matizes dos quais se revestiram aquilo que Márcio Seligmann-Silva (2005) designa“teor testemunhal”, na configuração das memórias de uma (ex-)escrava, protagonistado romanceUm defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves (2006).Para tanto, ametodologia contempla os estudos teórico-críticos formulados por Gagnebin (2009), Ginzburg (2010), Seligmann-Silva (2001), Bosi (2003), dentre outros. Os resultados reafirmama importância e a urgência não somente de expor, mas de questionar e problematizar as diversasmanifestações do horror e da barbárie, a fim de serem rechaçadas quaisquer formas de abjeção.Assim, aconclusão a que podemos chegar é queo romance selecionado pode ser consideradoum triunfo que resiste ao esquecimento da catástrofe, principalmente, aquela que se acha relacionada ao regime escravocrata que vigorou no Brasil, até o século XIX, e que ainda encontra ressonâncias nos dias atuais.

Palavras-chave:Opressão. Mulher negra. Resistência.

Biografia do Autor

  • Giselia Rodrigues Dias, UFG/UEG

    Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letrase Linguística da Universidade Federal de Goiás e docente do Curso de Letras da Universidade Estadual de Goiás - Câmpus São Luís de Montes Belos.

  • Flavio Pereira Camargo, UFG

    Professor Adjunto de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, com atuação na Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística. É líder do Grupo de Pesquisa “Estudos sobre a narrativa brasileira contemporânea” (CNPq/UFG).

Downloads

Publicado

2019-05-09

Edição

Seção

Dossiê Literatura e Interculturalidade