DUAS DÉCADAS DE FORÇA DE TRABALHO TERCEIRIZADO NA UFF:

UMA HISTÓRIA A SER CONTADA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51913/revelli.v13i0.12239

Resumo

O artigo apresenta os resultados parciais da pesquisa sobre o processo de terceirização nas universidades públicas brasileiras, tendo como foco de análise o caso da Universidade Federal Fluminense (UFF). Considerando que a terceirização materializa a precarização do trabalho, convém compreender porque e como a universidade tem adotado e desenvolvido esta forma de contratação de trabalho, nomeadamente nas duas últimas décadas. Portanto, o objetivo geral deste artigo é contar a história da terceirização na UFF, por meio da descrição dos principais resultados das pesquisas documentais sobre o histórico e o avanço da terceirização e sobre os contratos de prestação de serviços celebrados. Empregou-se como procedimento metodológico a análise documental, tendo como objeto os documentos que versam sobre a contratação de mão de obra terceirizada, os relatórios de gestão, bem como os contratos celebrados entre a UFF e as empresas prestadoras de serviço de limpeza, vigilância armada e vigilância patrimonial. A história da terceirização na UFF revela que, além de comprometer a qualidade das atividades realizadas na universidade, compromete seriamente a dignidade da classe trabalhadora, submetida a este tipo de contratação.

Biografia do Autor

  • CATHARINA MARINHO MEIRELLES, Universidade Federal Fluminense

    Doutora em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Participou do Estágio Científico Avançado na Universidade do Minho - Portugal, no âmbito do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior da CAPES. Membro da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Atualmente pesquisa o Trabalho nas Universidades Públicas Brasileiras. Possui graduação em Psicologia e mestrado em Administração, ambos pela Universidade Federal Fluminense. Professora Adjunta no Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, Campus Niterói. Anteriormente era professora do Curso de Psicologia no Polo Universitário de Volta Redonda, tendo sido responsável pela criação e implementação do curso. Atua, principalmente, nos seguintes temas: Psicologia Organizacional e do Trabalho; Políticas Públicas, Trabalho, Educação Superior, Gestão de pessoas, Saúde do Trabalhador, Relacionamento Interpessoal, Negociação Empresarial e Desenvolvimento Gerencial.

  • ANA CAROLINA REIS

    Psicóloga formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestranda (Bolsista CAPES) no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sendo pertencente à linha de pesquisa Estado, Política e Formação Humana. Integrante da Rede Universitas/Br - CNPq, associada ao Eixo 4 que versa sobre O trabalho nas instituições de educação superior brasileiras. Membro do Núcleo de Estudos: Trabalho, Subjetividade e Saúde (NETSS/Unicamp) e do grupo de pesquisa Trabalho, Política e Subjetividade (TRABPOLIS) da UFSCar. Possui formação técnica em Administração pela instituição ETEC Machado de Assis (2013). Suas principais temáticas de interesse giram em torno das relações entre trabalho e educação, formas de gestão e organização do trabalho, políticas públicas, saúde e processos de subjetivação.

  • LUINÁ SILVEIRA DE MORAES

    Bacharel em Direito pela Universidade Federal Fluminense - UFF (2019). Licenciada em Filosofia pelo Centro Universitário Internacional Uninter (2019). Pós-graduada em Direito do Trabalho e Previdenciário pela Pontifícia Universidade Católica - PUC/Minas (2021). Pós-graduanda em Filosofia e Direitos Humanos pela Universidade Candido Mendes - UCAM. Pós-graduanda em Prática Trabalhista pela Faculdade IBMEC São Paulo. Integrante do Projeto de Pesquisa "O trabalho precarizado na universidade: o caso da UFF" associado ao Eixo 4 "O trabalho nas instituições de educação superior brasileiras" da Rede Universitas/Br - CNPq. Estuda Trabalho e Educação; Direito, Filosofia, Sociologia e Economia do Trabalho; Direitos Humanos.

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Publicado

2022-03-24

Edição

Seção

Dossiê Políticas de educação superior: tendências e perspectivas