EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DE NORTE A SUL DO BRASIL

ilações entre expansão, qualidade e inovação

Autores

  • Francielle Priscyla Pott IFMS
  • Giselle Cristina Martins Real Universidade Federal da Grande Dourados
  • Marianne Pereira de Souza

DOI:

https://doi.org/10.51913/revelli.v13i0.11853

Resumo

Objetiva-se socializar análises a respeito do movimento de expansão da educação a distância, a partir de ilações entre os conceitos de qualidade e inovação. Adota-se como ponto empírico da pesquisa a exploração longitudinal do Censo da Educação Superior, abarcando o período de 2000, quando inicia a coleta sobre a educação a distância, a 2019. Foi possível observar fortes assimetrias regionais, que revelam alterações nas políticas educacionais formuladas nos anos de 1990 que caracterizavam a educação a distância como o caminho mais profícuo para a democratização do acesso à educação superior. É notável, ao longo de todo o período de 2000 a 2019, altos percentuais de crescimento, evidenciados de forma contínua, em patamares superiores ao crescimento da educação presencial. No entanto, em análise comparativa em segmentos quinquenais, a partir de 2010, observam-se oscilações e queda no número de matrículas nas regiões Norte e Nordeste, justamente onde o acesso às redes de internet é restrito e o número de instituições físicas é menor. Por outro lado, a região Sul detém 47% do conjunto das matrículas totais. Essa assimetria pode ser explicada pela ênfase, mais recente, no uso das tecnologias digitais na configuração dos cursos de educação a distância, especialmente marcada pelo viés privado. Conclui-se que, apenas quando qualidade social e inovação integrarem a política nacional de educação a distância, haverá a sua retomada como o caminho mais profícuo para a democratização da educação superior.

Biografia do Autor

  • Giselle Cristina Martins Real, Universidade Federal da Grande Dourados

    Licenciada em pedagogia e mestre em educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Bacharel em Direito pela Sociedade Civil da Grande Dourados (SOCIGRAN). Tem doutorado e pós-doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Professora associada da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), atuando na graduação e na pós-graduação, com orientação de mestrado e doutorado. Atuou como gestora em universidades públicas e privada, sendo que atualmente, é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFGD. Desenvolve estudos e pesquisas na área de política, gestão e avaliação da educação básica e superior, com financiamento de órgãos de fomento como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) acerca da temática. Autora de livros e diversos capítulos de livros e artigos em periódicos científicos. Seu e-mail para contato é: gisellereal@ufgd.edu.br

  • Marianne Pereira de Souza

    Doutora em Educação pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Possui mestrado em Educação pela UFGD, graduação em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - Campus de Dourados/MS e especialização em Educação Especial. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Política e Avaliação da Educação Superior (PAES). Atua na gestão do Núcleo de Acompanhamento e Avaliação da Graduação, vinculado à  Pró-Reitoria de Ensino, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). E-mail para contato: mariannesouza@uems.br

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Publicado

2021-11-22

Edição

Seção

Dossiê Qualidade e Inovação da/na Educação: concepções, possibilidades e desafio