UM EROTISMO SINGULAR SOB O EFEITO URANO, DE FERNANDA YOUNG
Resumo
Na contemporaneidade, as relações afetivas assumem diversas nuances. O presente trabalho objetiva promover uma reflexão referente ao estudo do corpo, da identidade e da relação homoafetiva feminina entre as personagens Cristiana e Helena, do romance O efeito Urano (2001), da escritora contemporânea Fernanda Young. Cristiana é uma jornalista de classe média, casada com um psicanalista, de nome Guido. Na intimidade, a relação entre os dois era suficientemente fria, o que permitiu a Cristiana buscar aventuras eróticas com outras mulheres, até que surge Helena, uma nova mulher, por quem se apaixona perdidamente. Dividida entre o marido e a nova “amiga”, Cristiana se questiona se vale a pena trocar um casamento seguro por uma paixão incomum. Cristiana se coloca como vítima o tempo todo, mas, ao mesmo tempo, revela-se uma mulher “canalha”. A narrativa é apresentada sem linearidade e revela mais de um narrador: ora a protagonista assume o ato de narrar, ora um narrador externo o faz. As vozes se misturam. Para compor essa discussão, acionamos Beatriz Preciado, em Manifesto contrassexual (2014); Michel Foucault (2015), em História da sexualidade; Ruth Silviano Brandão (1993), em Mulher ao pé da letra; entre outros teóricos.
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