SENTIDOS REPRESENTACIONAIS DE DOCENTE EM UM ESPAÇO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO

Autores

  • Marta Gresechen Paiter Luzia de Souza UFMT
  • Solange Maria de Barros UFMT

Palavras-chave:

Estágio curricular obrigatório, Representação social, Educadores/as de língua inglesa, Reposicionamento discursivo, Aprendizagem-desenvolvimento.

Resumo

Este artigo aborda uma análise linguístico-discursiva de uma das práticas de estágio obrigatório do curso de Letras/inglês da Universidade Estadual de Londrina – UEL. As instâncias enunciativas sob análise são provenientes de Grupos de Estudo (GE) realizados por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, o qual consistiu em uma prática de estágio curricular obrigatório neste contexto educacional. Desses GE participaram 1 educadora-pesquisadora, 1 educadora-coordenadora, 1 educadora-colaboradora e 9 educadores/as-novatos/as. As gravações em áudio dos GE foram transcritas com a finalidade de analisar possíveis rupturas e/ou continuidades sócio-discursivas acerca da representação social de docente. Para tanto, o processo analítico-interpretativo fundamenta-se num diálogo entre a Análise Crítica do Discurso – ACD (FAIRCLOUGH, 2001; 2003; 2004) e a Linguística Sistêmico-Funcional – LSF (HALLIDAY e MATTHIESSEN, 2004). Esta análise situada traz evidências de uma dinâmica de reposicionamento discursivo no que tange à representação social de docente. Nas primeiras instâncias discursivas, há uma recorrência na representação de docente pela negação, centrada sobretudo na escola, relacionada a um campo semântico negativo, e definida por uma relação entre educadores/as e educandos/as caracterizada pelo medo. Posteriormente, por outro lado, evidencia-se um movimento de olhar para si e para a universidade, lugar em que se pode tanto libertar quanto oprimir. Concluímos que o espaço de estágio obrigatório construído possibilitou aprendizagem-desenvolvimento de seus participantes pela ressignificação dos sentidos representacionais de docente entrelaçada ao sentido de questionamento do uso da autoridade como um instrumento de opressão no ambiente educacional da escola e da universidade.

Biografia do Autor

  • Marta Gresechen Paiter Luzia de Souza, UFMT
    Mestre em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina - PPGEL/UEL (2011-2013). Graduada em Letras Estrangeiras Modernas pela Universidade Estadual de Londrina - LEM/UEL (2007-2010). Tem experiência como professora de língua inglesa no Instituto Cultural Brasil Estados Unidos - ICBEU (2010-2015), professora colaboradora na Universidade Estadual de Londrina - UEL (2014-2016) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - IFMT (2017). Desenvolve atualmente seu estudo de doutoramento no Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso - PPGEL/UFMT (2017). Seu interesse de ação-investigação compreende pesquisas educacionais inseridas na perspectiva sócio-histórico-cultural e em estudos críticos de língua(gens) com viés emancipatório.
  • Solange Maria de Barros, UFMT
    Pós-doutora pelo Instituto de Educação da Universidade de Londres (IOE). Doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Desenvolveu estudos doutorais livres pela Universidade de Lancaster, na Inglaterra. Mestre em Educação Pública pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Graduada em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Docente aposentada da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Atualmente é professora associada do Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGEL-UFMT).

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Publicado

2018-12-21