A SIMBOLOGIA ANIMAL EM O ASNO DE OURO, DE LÚCIO DE APULEIO

Autores

Palavras-chave:

O asno de ouro. Animais. Bestiário. Oralidade.

Resumo

O presente estudo desenvolve leitura de O asno de ouro, de Lúcio de Apuleio (125-170 d.C), romance da antiguidade que enfeixa narrativas de origem popular, que alimentam a narrativa central: a metamorfose do narrador-personagem em asno. Nessa leitura, observa-se especialmente o vínculo entre as peripécias vividas pela personagem Lúcio e a simbologia animal que sugere o desenvolvimento de sua formação identitária. A presença de animais como o asno, o mocho, a formiga e o dragão sinalizam o desenvolvimento psíquico da personagem, além disso, a simbologia em torno desses animais converge com a simbologia constante no Bestiário Medieval, demonstrando que a tradição oral, desde épocas remotas, construiu um discurso complexo e significativo vinculando os indivíduos à natureza, sobretudo os animais e os minerais, criando uma visão cosmogônica do indivíduo e o contexto social e natural. As reflexões dessa pesquisa são desenvolvidas a partir das considerações de Junito Brandão (2005), Maurice Van Woensel (2001), Pedro Louzada Fonseca (2011) e Walter Benjamin (2012), dentre outros.

Biografia do Autor

  • Paulo Antônio Vieira Júnior, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
    Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Goiás (2005), mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2009) e doutorado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2014). Atualmente é professor Adjunto da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: Yêda Schmaltz, mitologia, lírica moderna, poesia erótica e erotismo.

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Publicado

2018-02-06

Edição

Seção

Artigos