A alma é um réu: metáforas do pecado em um testamento da Bahia colonial

Autores/as

  • Bruno de Jesus Espirito Santo Unicamp/Doutorando em Linguística

Palabras clave:

História Social do Português, Linguística Cognitiva, Metáfora, Pecado

Resumen

Na Bahia Colonial a Igreja Católica possuía poder político e religioso hegemônico sobre o Estado já que ações oficias ordinárias do governo passavam pela sua opinião e pelo seu crivo. Dentre as demandas de fiscalizações estavam os rituais da “boa morte” nos quais os sujeitos que estavam à sentir o “aproximar da morte” procuravam um testamenteiro católico a fim de que ele pudesse pedir perdão a corte celestial pelos seus pecados, dando a instituição que eles acreditavam ser a representante de Deus na terra, seus bens e posses conquistados em vida em troca de uma morada no céu. Dado esse fato sócio-histórico e sociocultural que demonstra o pensamento do homem do Brasil Colônia, este trabalho uniu os pressupostos teórico-metodológicos da História Social do Português (SILVA, 2011; PEREIRA, 2015, 2016a, 2016b; PRIORE, 2016; PAGOTTO, 2017) e da Linguística Cognitiva em sua fase sociocognitiva e discursiva (LAKOFF; JOHNSON, 2002, VEREZA, 2007, 2010, 2013; SOARES DA SILVA & LEITE, 2015) examinar se em um dos testamentos recuperados daquela época, metáforas colaboraram singularmente para a sua tessitura discursiva. Os resultados encontrados apontam que a linguagem figurada recrutadas na produção textual citada emerge reflexões tanto sobre o desejo da igreja em angariar fortunas, quanto acerca imputado nos fiéis por ela sobre ir ou não para o inferno.

Biografía del autor/a

  • Bruno de Jesus Espirito Santo, Unicamp/Doutorando em Linguística

    Graduado em Letras Vernáculas (UFBA, 2014.2-2017.2) com Trabalho de Conclusão de Curso aprovado com grau de distinção e indicação para publicação. Graduando em Letras - Língua Estrangeira Moderna - Inglês (UFBA, 2023.2-). Realizou pesquisa de Iniciação Científica com apoio do Programa Permanecer (PROAE) na área de Linguística Cognitiva e Práticas Culturais (2017 -2018), sob a orientação da Profa. Dra. Norma Pereira (Instituto de Letras/UFBA). Fez estágios de monitoria estudantil (voluntário e com bolsa) em disciplinas e projetos de extensão das áreas de Estudos em Língua Latina (2015) e Estudos em Língua Portuguesa (2016-2017). Integrou grupo de estudos direcionados em Semântica Cognitiva no GESCOG/UFBA e de Critica Textual (UFBA). Pela sua excelente dedicação acadêmica, obteve aprovação no Edital Participar (2016), oportunidade em que fez curso de Linguagem e Discurso em período de estágio-sanduíche na Universidade do Porto - Cidade do Porto, Portugal. 

Publicado

2024-06-14

Número

Sección

Pesquisadores/Pesquisadoras