A alma é um réu: metáforas do pecado em um testamento da Bahia colonial
Palabras clave:
História Social do Português, Linguística Cognitiva, Metáfora, PecadoResumen
Na Bahia Colonial a Igreja Católica possuía poder político e religioso hegemônico sobre o Estado já que ações oficias ordinárias do governo passavam pela sua opinião e pelo seu crivo. Dentre as demandas de fiscalizações estavam os rituais da “boa morte” nos quais os sujeitos que estavam à sentir o “aproximar da morte” procuravam um testamenteiro católico a fim de que ele pudesse pedir perdão a corte celestial pelos seus pecados, dando a instituição que eles acreditavam ser a representante de Deus na terra, seus bens e posses conquistados em vida em troca de uma morada no céu. Dado esse fato sócio-histórico e sociocultural que demonstra o pensamento do homem do Brasil Colônia, este trabalho uniu os pressupostos teórico-metodológicos da História Social do Português (SILVA, 2011; PEREIRA, 2015, 2016a, 2016b; PRIORE, 2016; PAGOTTO, 2017) e da Linguística Cognitiva em sua fase sociocognitiva e discursiva (LAKOFF; JOHNSON, 2002, VEREZA, 2007, 2010, 2013; SOARES DA SILVA & LEITE, 2015) examinar se em um dos testamentos recuperados daquela época, metáforas colaboraram singularmente para a sua tessitura discursiva. Os resultados encontrados apontam que a linguagem figurada recrutadas na produção textual citada emerge reflexões tanto sobre o desejo da igreja em angariar fortunas, quanto acerca imputado nos fiéis por ela sobre ir ou não para o inferno.
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