Abraçando a mudança: a criação de comunidades de aprendizado
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.4281031Resumo
Este trabalho propõe reflexões discursivas críticas sobre práticas de leitura e oralidade no contexto do Ensino Médio. Nossas análises se voltam para o Programa Mulheres Inspiradoras (PMI), uma iniciativa pedagógica que se baseia em diferentes ações formativas, com destaque para as práticas de leitura crítica e escrita autoral. Focalizamos especificamente o potencial agenciador da roda de leitura e de conversa para a criação de comunidades de aprendizado. Os dados empíricos, de natureza etnográfico-discursiva, foram gerados em notas de campo, observações de aulas e relatos escritos por estudantes em diário de bordo. As análises evidenciam que, nas rodas de leitura e de conversa, as relações de poder, próprias à ordem do discurso pedagógico colonial, cederam espaço para interações mais colaborativas. Essas práticas discursivo-identitárias, envolvendo o debate sobre gênero em perspectiva interseccional, constituíram estratégia sociopedagógica produtiva em termos de potencial agenciador, porque a aula se tornou predominantemente interativa e os/as estudantes protagonizaram as participações, na perspectiva da comunidade de aprendizado.
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