“Mães de fevereiro”: representação social da figura materna em reportagem sobre “greve” da PM no Espírito Santo
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.4118293Resumo
“A dor e o vazio das mães de fevereiro” intitula uma reportagem do jornal A Gazeta, do Espírito Santo, que concedeu voz a algumas mães que perderam seus filhos durante os 22 dias de paralisação da Polícia Militar do estado, em fevereiro de 2017. Em tal texto jornalístico consiste o objeto de estudo deste trabalho, já que, ao retratar essas mulheres, apresenta-se uma construção social da figura materna, que merece ser analisada. Sob esse objetivo, será averiguado que estruturas linguísticas e discursivas são mobilizadas para representar essas mães. Para tanto, serão revisitados estudos sobre as construções históricas de mãe no Brasil e as noções de representação social de van Leeuwen (1996), para, então, aplicar algumas categorias discursivas de análise de van Djik (2016, 2012, 2010, 2001), com o intuito de descrever como sociocognitivamente, por meio da criação e ativação de modelos mentais, são representadas socialmente essas mães. Os resultados apontam para uma representação social que aciona modelos tradicionais de mães, inclusive suprimindo aquelas que não se encaixam em um padrão estabelecido, as “outras mães de fevereiro”.
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