GUARÁ: UM SISTEMA PARA INTEGRAÇÃO E CURADORIA DIGITAL EM CENTROS DE MEMÓRIA NO ESTADO DE GOIÁS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31668/bf253y75

Palavras-chave:

sistemas de informação, patrimônio cultural, interoperabilidade

Resumo

A digitalização do patrimônio cultural é uma prática adotada por instituições de memória como forma de contribuir com a preservação de seus acervos. Entretanto, esses espaços carecem de sistemas de informação capazes de armazenar, organizar e realizar a recuperação dos objetos digitais. As iniciativas acabam por produzir acervos digitais diversificados e multiformes que esbarram em problemas relacionados à colaboração e ao reaproveitamento das informações. O objetivo deste artigo é apresentar um modelo de sistema de informação semântico, aberto e conectado para facilitar diálogo tecnológico entre repositórios de centros de memória. O trabalho é resultado da investigação de doutoramento em Ciência da Informação na Universidade Fernando Pessoa (Porto, Portugal) que teve como foco o patrimônio cultural de Goiás e a metodologia utilizada para conduzi-la foi uma pesquisa-ação realizada em espaços de memória do Estado. O processo metodológico culminou na construção de um modelo de sistema de informação para que os vários espaços de memória colaborem mutuamente através de intercâmbio de informações abertas sob várias perspectivas, em especial, a da Linked Open Data. Como resultado apresentamos um modelo ontológico apoiado em quatro dimensões (Pessoa-Fenômeno-Tempo-Espaço) e composto por três micro-ontologias de domínio (definição de acervo, definição de objetos e de dimensões) e um protótipo com um motor de interoperabilidade semântica, cujo algoritmo realiza ligações semânticas através de consultas SPARQL.

Biografia do Autor

  • Feliz Gouveia, Universidade Fernando Pessoa

    Licenciado em Engenharia Eletrotécnica, Sistemas Digitais e Computadores, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em 1986. Doutorou-se em Engenharia Informática pela Université de Technologie de Compiègne, França, em 1992. Em Compiègne trabalhou como diretor de projetos de transferência de tecnologia e pesquisa cooperativa em gestão de conhecimento corporativo e inteligência artificial no Instituto Internacional de Inteligência Artificial de 1992 a 1994, trabalhando com grandes empresas e organizações multinacionais como Solvay, Alenia Aeronautica, Framatome, Aerospatiale e a Agência Espacial Europeia / Centro Europeu Espacial e Tecnológico. Foi então convidado para ir ao Centro Federal de Educação Tecnológica de Curitiba, Brasil, para ajudar na implantação do primeiro programa de doutorado, levando posteriormente ao reconhecimento do instituto como Universidade Tecnológica Federal. Em 1995 obteve uma bolsa de pós-doutoramento de um ano no grupo de Inteligência Artificial e Robótica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, onde trabalhou em IA e robótica móvel autónoma. Lá ele preparou uma bolsa europeia de sucesso com países da América Latina. Após a bolsa, foi convidado como professor da Universidade Fernando Pessoa, Porto, com a missão de preparar a infraestrutura técnica da Universidade, incluindo uma rede de 500 pontos de acesso Ethernet, a estratégia web (em início em Portugal), e o projeto do laptop. Participou em mais de 20 projetos de investigação competitivos, financiados pela União Europeia, Fundação Portuguesa para a Ciência e Tecnologia, Ministério da Cultura português e organizações públicas e privadas. Foi membro fundador do grupo de sistemas multiagentes AFCET, de 1992 a 1994, membro da Sciences Cognitives et Epistémologie da Université de Technologie de Compiègne, de 1990 a 1994, e atualmente membro titular do Artificial Intelligence e Centro de investigação em Ciências da Computação, classificado como Excelente pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. De 2002 a 2010 foi diretor associado do Media, Interface and Network Design Lab (MIND Lab), uma rede de diversas universidades nos Estados Unidos e na Europa, sediada na Michigan State University. Durante esse período a Universidade participou em programas de investigação e intercâmbio, na área da interação humano-computador, realidade virtual e design de interação. Liderou o programa Universidade Virtual, de 2004 a 2014, implementando e contribuindo com código para um Sistema de Gestão de Aprendizagem de código aberto (Sakai da Apereo) para todos os cursos da Universidade, sendo avaliado por alunos e funcionários como um dos serviços de maior sucesso. Possui mais de 60 publicações científicas e é autor de um livro didático sobre Sistemas de Banco de Dados, atualmente na segunda edição. Atua regularmente como especialista do programa Horizon da Comissão Europeia. Desde 2019 é diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Fernando Pessoa.

  • Juliana Braga, Universidade Estadual de Goiás

    Doutora em Ciências da Informação pela Universidade Fernando Pessoa (UFP), Mestra em Ensino de Ciências pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), Graduada em Tecnologia em Processamento de Dados pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Professora adjunta na Universidade Estadual de Goiás, vinculada ao Instituto Acadêmico de Ciências Tecnológicas e atualmente é coordenadora dos cursos de Tecnologia da Informação. Áreas de interesse: gestão da informação, curadoria digital, engenharia de software, divulgação e popularização da ciência, tecnologias digitais, tecnologia e sociedade, organização e representação da informação, humanidades digitais, Internet das Coisas e sensoriamento remoto.

Publicado

— Atualizado em 2025-01-16

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