MINERAÇÃO E PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS
REFLEXÕES SOBRE O COMPLEXO MÍNERO-ENERGÉTICO NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL
Resumo
O Brasil é segundo maior gerador de energia hidrelétrica do mundo, ficando atrás apenas da China. O aumento na oferta de energia hidrelétrica no país ocorre não apenas para atender o consumo doméstico da população, mas também para permitir que grandes cadeias produtivas se expandam, como o agronegócio e a mineração. Pesquisas apontam que existe uma relação muito próxima entre a construção de hidrelétricas e a chegada das mineradoras nos territórios. Embora grande parte dos estudos analisem as grandes hidrelétricas, é preciso ressaltar que as pequenas usinas também fornecem energia para a cadeia do extrativismo mineral. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar a relação entre o setor da mineração e as Pequenas Centrais Hidrelétricas, partindo de um estudo de caso em Minas Gerais. O mapeamento apontou que existem ao menos 10 pequenas usinas ligadas à mineração no Estado, de propriedade das empresas Anglogold Ashanti, Arcelormital e Vale, e que todas elas atuam no regime de Autoprodução de Energia, ou seja, produzindo energia para consumo próprio. Os resultados permitem desconstruir a imagem de sustentabilidade associada às pequenas usinas, além de gerar uma reflexão sobre a forte presença do capital privado, incluindo o capital estrangeiro, nas cadeias extrativistas e altamente degradantes aqui discutidas.
Palavras-chave. Mineração. Pequenas Centrais Hidrelétricas. Complexo Mínero-Energético. Minas Gerais.
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