A REESTRUTURAÇÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS E AS IMPLICAÇÕES NA REPRODUÇÃO SOCIAL DO CAMPESINATO EM ITAPURANGA (GO)
Resumo
Em meio à reestruturação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), com diminuição drástica de vagas no vestibular 2021, fechamento de cursos e Unidades, redução no orçamento da instituição, cresce a preocupação com os efeitos socioterritoriais do “enxugamento” da Universidade que há mais de 20 anos promove – a despeito das inúmeras contradições – a democratização do acesso ao ensino superior para as classes populares dispersas no vasto e desigual território goiano. O que vem sendo chamado pelo movimento docente de “metropolização da UEG” tende a impactar consideravelmente a dinâmica do campesinato goiano, acentuando a migração da juventude rural e a consequente proletarização nas cidades, além do envelhecimento – já em curso – da população rural. Este artigo reúne narrativas dos itinerários humanos (ARROYO, 2017) de estudantes do curso de Geografia da Unidade Itapuranga que testemunham o papel da Universidade na reprodução social do campesinato na região e reclamam um olhar humanizado das políticas educacionais no estado. A inspiração metodológica deste trabalho remete à “escuta ativa, lúdica ou empática” advogada por Dunker (2020) em seus recentes escritos de psicanálise e educação. Apoia-se, também, nas concepções marxistas como ferramenta teórica para compreender o objeto de análise no contexto do neoliberalismo, lançando mão das seguintes categorias, mercadoria, trabalho, precarização, proletarização, luta de classes, entre outras.
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