DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CRISE AMBIENTAL:
NOVOS PERCURSOS DA ECOLOGIA POLÍTICA
Resumo
Este trabalho tem como objetivo discutir os embasamentos epistemológicos dos conceitos de desenvolvimento sustentável e crise ambiental para uma reflexão crítica do atual modelo de desenvolvimento da humanidade, e suas contribuições no campo da ecologia política. Verificamos duas abordagens para se alcançar a sustentabilidade, em uma proposta de percepção crítica à visão estritamente econômica do meio ambiente. As abordagens socioambientais do desenvolvimento levam a dois conceitos que tratam da sustentabilidade: Ecodesenvolvimento e Desenvolvimento Sustentável. Muitos dos discursos sobre Desenvolvimento Sustentável acabam por priorizar somente aspectos econômicos, tornando os debates quase sempre vazios e sem as reais propostas para as mudanças necessárias em nossa sociedade. O esvaziamento do conteúdo político da questão ambiental tem sido uma excelente estratégia para legitimar a hegemonia do pensamento tecnocrático. O adjetivo sustentável somado ao conceito de desenvolvimento, tem guardado, sobretudo essa dimensão técnica e naturalista, mas insuficiente para dar conta da complexidade que envolve as relações homem-natureza (BRUGGER, 1993). A discussão no campo da Ecologia Política e Educação Ambiental representam oportunidades de enfrentamento contra-hegemônico e a luta política por outro modelo societário, que de fato seja sustentável e ambientalmente justo (LOUREIRO; LAYRARGUES, 2013). Nesse contexto, a fim de buscar o amadurecimento de novos conceitos, concepções e pressupostos para definição e reformulação do que chamamos, ou pretendemos compreender de Desenvolvimento Sustentável, o saber ambiental, a racionalidade ambiental e a Educação Ambiental crítica podem mobilizar novas discussões epistemológicas, contribuindo no campo na ecologia política, para a superação do enfrentamento da crise ambiental e/ou crise do conhecimento.
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