O SIMBOLISMO NOS NOMES DE CÃES: MEANDROS DA SEMIÓTICA E DA SOCIOLINGUÍSTICA

Autores

  • Jerónimo e Alfredo Chaúque Universidade Católica de Moçambique

DOI:

https://doi.org/10.32411/revistanos-2448-1793-v4n2-9523

Palavras-chave:

Nomear, Metáfora, Cães, Simbolismo, Imaginário

Resumo

A exploração de signos suportados pelo imaginário cultural, linguístico e os contextos de enunciação elavam o nome do cão ao nível de um produto literário passível de interpretações através de um exercício psíquico que envolve o domínio da língua, seus signos e símbolos que envolvem uma cultura em causa. Na comunidade Changana, os nomes de cães da emitem mensagens com força ilocutória que respeita as necessidades comunicativas do nomeador e funcionam como mecanismos de resolução de conflitos sociais. A nomeação de cães abre espaço para a ocorrência do fenómeno de humanização destes animais que resulta do uso de antropónimo, de frases e de substantivos e adjetivos humanizantes. E são tidos como textos metafóricos e simbólicos que fazem fluir os profundos sentimentos e imaginário do homem. Nomear um cão é elaborar metáforas que permitem a comunicação através da recuperação, exploração e reutilização de contextos de enunciação. Os nomes dos cães constituem um reservatório e fonte imensurável de constatações socioeconómicas, metafóricas e culturais das vivências humanas. É não só, é notória a denúncia dos problemas do quotidiano social dos membros da comunidade através deste mecanismo.

Biografia do Autor

  • Jerónimo e Alfredo Chaúque, Universidade Católica de Moçambique

    Doutorando em Linguística na Universidade Eduardo Mondlane-Moçambique; Mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade Pedagógica de Moçambique; Docente de Linguística Bantu e Literaturas Africanas de Língua Portuguesa na Universidade Católica de Moçambique

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Publicado

2019-09-20