O COMBATE AO ANTICIGANISMO NA ESPANHA: AS REAÇÕES ÀS ENTREVISTAS DA DIRETORA DE ‘CARMEN Y LOLA’
DOI:
https://doi.org/10.32411/revistanos-2448-1793-v4n2-9518Palavras-chave:
Población Gitana, Antigitanismo, Racismo, Cine, Carmen y LolaResumo
Este ensaio teórico tem como objetivo refletir sobre o debate que o filme ‘Carmen y Lola’ (Espanha, 2018) gerou nos meios de comunicação e plataformas de internet na Espanha. O filme, dirigido por Arantxa Echevarría, narra uma história de amor entre duas jovens mulheres ciganas. Se por um lado as produções artísticas e/ou mediáticas são usadas pela sociedade majoritária como ferramentas de reprodução de estereótipos e discursos racistas; por outro, a população cigana também vem fazendo uso das mesmas para contrapor e denunciar tais discursos. Com o objetivo de conhecer o modo no qual o Anticiganismo se difunde e como os contra-discursos produzidos pelos movimentos racializados circulam pela rede, analisamos textos publicados em diferentes plataformas digitais em resposta às declarações e entrevistas da diretora deste filme. O coletivo cigano foi alvo de numerosas leis anticiganas ao longo da história da Espanha (GARRIGA, 2000; MARTÍNEZ, 2017; RÍO, 2017; OLEAQUE, 2014), um fato que provocou a expansão de atitudes racistas contra este grupo social, não só na vida cotidiana, mas também a nível institucional. Entendemos que para compreender os argumentos utilizados pelos coletivos ciganos diante das declarações da diretora de ‘Carmen y Lola’, é imprescindível conhecer este processo de perseguição e, por isto, se faz um percurso histórico do mesmo.
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