AS POPULAÇÕES INDÍGENAS E A DITADURA MILITAR: CASO TAPAIÚNAS, AIKEWARA E CINTA LARGA
DOI:
https://doi.org/10.32411/revistanos-2448-1793-v4n1-8990Resumo
Nesse artigo propomos debater a relação entre o regime militar e as populações
indígenas no Brasil. Objetivamente focalizamos o período que vai da criação da Fundação Nacional
do Índio (FUNAI) em 1967 ao estabelecimento do Estatuto do Índio em 1973, fase de forte
intervenção do governo militar e de grupos empresariais em diversos pontos do território do país,
provocando impactos profundos nas populações indígenas. O foco de análise está direcionado
para política indigenista administrada pela FUNAI, elegendo como campo de observação os casos
das etnias Tapaiúnas, Aikewara e Cinta Larga. Há relatos que demonstram que as políticas estatais
se caracterizaram pela ausência ou pelo emprego de ações que levaram ao aniquilamento dessas
etnias. É frequente a denúncia do emprego de violência, da falta de assistência à saúde indígena,
da proliferação de doenças, do uso de tortura, de deslocamentos forçados e abusos sexuais,
cometidos muitas vezes por agentes do Estado. Para tanto, utiliza-se de informações contidas no
Relatório Figueiredo (1967) e no Relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV, v.2, 2014).
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