GRUPO DE PESQUISA PINDOBA: RESILIÊNCIA E O LUGAR ACADÊMICO
DOI:
https://doi.org/10.32411/revistanos-2448-1793-v4n2-8348Palavras-chave:
Negritude, Espaço Acadêmico, Ações Afirmativas, ComunicaçãoResumo
Desde a adoção de cotas na Universidade, verificamos uma circulação da diferença que nos provoca a reformular epistemologias e criar caminhos contrários ao que vem sendo chamado de epistemicídio. Conscientes de que é o epistemicídio que vem marcando historicamente a produção acadêmica e a elaboração do conhecimento, o que buscamos aqui, para além da estagnação deste processo, é a construção de um novo espaço acadêmico capaz de ler a interpelação transversal proposta pela categoria “raça” e outros marcadores sociais da diferença. Dessa forma, propomos um debruçar sobre o trabalho do Pindoba – Grupo de Pesquisa em Narrativas da Diferença, considerando este como um catalizador de narrativas afrodiaspóricas e potencial propositor de novas formas do fazer. Trazemos a experiência do Grupo e uma revisita bibliográfica para propor metodologias participativas de aprendizagem, sendo estas transgressoras no sentido de possibilitar a pluralidade e, consequentemente, o respeito às diferenças. Da completa inexistência da negritude na graduação em Jornalismo na Universidade Federal de Goiás, chegamos à criação institucionalizada de um grupo de trabalho em ações afirmativas, com atuação concreta para alcançar visibilidade, afirmação e vida a pessoas negras que acessam este espaço, não sem vivenciar o conflito. Nosso pressuposto é o de que as políticas afirmativas somente conseguirão contemplar a diferença se contarem com acompanhamento e ações de permanência. Acreditamos ainda que o fortalecimento das narrativas contra-hegemônicas e a legitimação dos lugares de fala são estratégias eficazes no sentido de garantir a irreversibilidade da presença negra nas universidades.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Rever a licença e rever copyright