“UM SYPHILITICO ESCAVEIRADO QUE SE ARRASTA DOLOROSAMENTE”: REPRESENTAÇÕES E ESTIGMAS DA SÍFILIS EM PERIÓDICOS IMPRESSOS NA PARAÍBA (1920-1940)

Autores

  • Rafael Nóbrega Araújo Universidade Federal de Pernambuco
  • Edna Maria Nóbrega Araújo Universidade Estadual da Paraíba

Palavras-chave:

Sífilis., Corpo., Estigma., Discurso médico, História das doenças

Resumo

 A sífilis como um flagelo social e um fenômeno cultural foi uma das doenças sobre a qual mais se produziu representações que atemorizavam os indivíduos e estigmatizavam os doentes. No presente artigo, objetivamos analisar as representações construídas em torno da sífilis publicadas em jornais e revistas que circularam no estado da Paraíba na primeira metade do século XX que produziam estigmas sobre a doença e o doente. Partimos das categorias analíticas de representação e estigma para problematizar essas publicações, buscando revelar os sentidos e as sensibilidades mobilizadas em torno da enfermidade. A documentação evidencia que a sífilis foi revestida pela noção de culpa atrelada a um pretenso caráter hereditário como fator que provocaria a degeneração da raça, enquanto o doente sifilítico era relacionado aos estigmas físicos decorrentes de deformações provocadas doença.

Biografia do Autor

  • Edna Maria Nóbrega Araújo, Universidade Estadual da Paraíba

    Nasceu em 29 de junho de 1964, em Boqueirão/Paraíba. Graduou-se em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1997, licenciou-se em Enfermagem pela UFPB em 1991, bacharelou-se em Enfermagem pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em 1988. Concluiu o Mestrado (2001) e o Doutorado (2008) em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É professora da UEPB na área de História. 

     

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Publicado

2022-08-03