“UM SYPHILITICO ESCAVEIRADO QUE SE ARRASTA DOLOROSAMENTE”: REPRESENTAÇÕES E ESTIGMAS DA SÍFILIS EM PERIÓDICOS IMPRESSOS NA PARAÍBA (1920-1940)
Palavras-chave:
Sífilis., Corpo., Estigma., Discurso médico, História das doençasResumo
A sífilis como um flagelo social e um fenômeno cultural foi uma das doenças sobre a qual mais se produziu representações que atemorizavam os indivíduos e estigmatizavam os doentes. No presente artigo, objetivamos analisar as representações construídas em torno da sífilis publicadas em jornais e revistas que circularam no estado da Paraíba na primeira metade do século XX que produziam estigmas sobre a doença e o doente. Partimos das categorias analíticas de representação e estigma para problematizar essas publicações, buscando revelar os sentidos e as sensibilidades mobilizadas em torno da enfermidade. A documentação evidencia que a sífilis foi revestida pela noção de culpa atrelada a um pretenso caráter hereditário como fator que provocaria a degeneração da raça, enquanto o doente sifilítico era relacionado aos estigmas físicos decorrentes de deformações provocadas doença.
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