LINHAS DE (RE)CRIAÇÃO: ENTRE TRAJETÓRIAS CANTADAS E O CANTO RITUAL DO MARA'´AKAME

Autores

  • Patricia Ordaz Guzmán Universidad Federal de GOIÁS
  • Elderson Melo

DOI:

https://doi.org/10.32411/revistanos-2448-1793-v5n1-10129

Palavras-chave:

Canto, Mara´´'akame, ritual, poetnografias, sagrado.

Resumo

RESUMO

A proposta deste artigo é pensar e refletir sobre os processos de criação realizados pela artista Patrícia Ordaz, conhecida como Xochitzin, a partir da performance do canto Wixarika do Mara´akame (ZINGG, 1982; LUNA, 2004; LIRA, 2017) em seu contexto ritual e sagrado, considerada por diferente autores como a geografia sagrada da cultura Wixarika (ITURRIOZ, 2015; MIRANDA, 2015) em uma relação entre o canto ritual com os processos criativos. Escrito em primeira pessoa, como uma construção de narrativas autobriográficas da artista, pretende-se demostrar como o processo criativo se constrói por meio do referido canto do Mara´akame de maneira a tê-lo como uma experiência vivida, vista e sentida/pensada (FABA e AEDO, 2017) para criação artística. Descreveremos no artigo como os trabalhos artísticos formaram performances-rituais baseadas na voz e o canto, em contato com o sagrado, inter-relacionando criação e a cultura Wixarika por meio de cartografia e rizoma conforme propõe os filósofos Deleuze e Guatarri (2011). Defendemos, por fim, a ideia de que essa maneira de conceber a criação e a interação com os saberes ameríndios é uma forma rizomática de produção de encontros, bem como, uma maneira de crítica ao pensamento colonizador, apontando novas possibilidades de experiências vocais e cantadas.

 

Downloads

Publicado

2020-05-05