“Peraque justamente os abomine a nação ofendida”: “Manifestos da Restauração” - uma Memória da Tirania Filipina
Resumo
Resumo: Este artigo examina os “manifestos” ou “papeis da restauração” - que apareceram a partir do ano de 1641, tanto em Portugal quanto nos demais países da Europa - com a intenção de justificar a deposição de Felipe IV Habsburgo e a aclamação de D. João IV Bragança, alteração dinástica ocorrida em primeiro de dezembro de 1640 mediante um golpe de Estado. A análise foca no processo de construção de certa “memória da tirania filipina” nestes manifestos - através de certa compreensão do caráter da União Ibérica e de sua instauração em 1580 por parte dos letrados restauradores – que dão ênfase aos transtornos dos validos de Felipe III e IV ao Acordo de Tomar (1581), espécie de documento inaugural da dita União das Coroas. O período entre 1580 e 1640 surgirá então enquanto “anos-memória”, praticamente demonizados na história lusitana a partir da Restauração.
Palavras-Chave: Restauração Portuguesa. Tirania Filipina. Memória da Restauração.
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