CORRELAÇÃO ENTRE ENXAQUECA E ESTILO DE VIDA EM UNIVERSITÁRIOS: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
Abstract
Introdução: A enxaqueca pode ser considerada uma cefaleia primária, destacando a dor como fator principal. O estilo de vida inadequado e a diminuição da qualidade de vida associados à presença de cefaleias prejudicam o desempenho de estudantes, trabalhadores e também na concretização de atividades diárias. Objetivo: Correlacionar a enxaqueca e o estilo de vida de universitários. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, analítico e quantitativo, com universitários de uma instituição privada de ensino superior. A amostra foi composta por 229 universitários, que foram submetidos ao Autoquestionário Alcoi-95 e ao Questionário Estilo de Vida Fantástico, para avaliação da enxaqueca e estilo de vida, respectivamente. Neste estudo foi adotado um nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Resultados: Participaram do estudo 198 (86,5%) mulheres e 31 (13,5%) homens com média de idade de 20,74 (±3,47). Foram 196 (85,59%) casos de enxaqueca, sendo que o estilo de vida mostrou-se significativamente pior nos indivíduos que apresentavam enxaqueca com aura (p=0,03). Dimensões como déficit na qualidade do sono, sentimento de raiva e hostilidade e estresse tiveram alta relação com a presença de enxaqueca, p=0,008; 0,05 e 0,08; respectivamente. Conclusão: A prevalência de enxaqueca nos voluntários foi elevada e afetou especialmente o sexo feminino. A enxaqueca, sobretudo a com aura, obteve relação direta importante com o déficit na qualidade do sono, sentimento de raiva e hostilidade e dificuldade de lidar com o estresse.
Palavras-chave: transtornos de enxaqueca; enxaqueca com aura; enxaqueca sem aura; estilo de vida; cefaleia.