ESPAÇOS MEMÓRAVEIS E ESQUECIMENTO: O JÓQUEI CLUBE DE GOIÁS NA PAISAGEM DO CENTRO DE GOIÂNIA

Autores

  • CAROLINA RODRIGUES BOAVENTURA Arquiteta e Urbanista graduada pela FAU-USP
  • FABRÍCIO SOUZA FIACCADORI Arquiteto e Urbanista graduado pela PUC-GO
  • DEUSA MARIA R. BOAVENTURA Professora Doutora e Pesquisadora da Universidade Estadual de Goiás (UEG, Campus Henrique Santillo, Anápolis - GO) e da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)

Palavras-chave:

Goiânia. Centro histórico. Jóquei Clube. Memória. Paisagem urbana

Resumo

A implantação do plano urbanístico de Goiânia de 1933 representou um importante marco do progresso e da modernização em Goiás. O Setor Central, que nesse plano é destinado aos eventos políticos e sociais, foi um dos espaços da cidade que mais representou essa modernização e que, ainda hoje, abriga os principais edifícios históricos e representativos daquele poder e daquela nova ordem social. Mas, a despeito dessa importância e de algumas ações mais pontuais de requalificação de alguns espaços, o centro e o seu patrimônio edificado têm passado por processos de popularização, ressignificação e também por um certo abandono, semelhante ao que ocorre em outras capitais brasileiras. O trabalho aqui exposto se propõe a compreender as temporalidades da paisagem urbana do centro de Goiânia a partir de um dos espaços mais tradicionais da cidade, o Jóquei Clube de Goiás, lugar de memória que guarda em si lembranças de uma importante dinâmica social da cidade. Esse edifício, projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha em 1963, foi, ao longo dos anos 1970, 1980 e 1990, um dos principais pontos de referência para o convívio social dos goianienses. Hoje, contudo, para além de sucessivas reformas e intervenções que o descaracterizaram, a obra está abandonada e figura na paisagem da capital como um edifício esquecido e esvaziado das ligações simbólicas que um dia estabeleceu com a cidade.

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