REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA RESIDUÁRIA DE ORIGEM DOMÉSTICA PARA CULTIVO DE TOMATE SANTA CRUZ
Autores
ANANDA HELENA NUNES CUNHA
Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia / GO
ELIANA PAULA FERNANDES BRASIL
Escola de Agronomia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia / GO
JONAS ALVES VIEIRA
UEG, Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo, Anápolis / GO
FERNANDA PEREIRA GOMES
UEG, Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo, Anápolis / GO
THAYNÁ RODRIGUES DE MOURA
UEG, Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo, Anápolis / GO
Palavras-chave:
Nutrientes. Irrigação com água residuária. Avaliação qualitativa. Parâmetros quantitativos.
Resumo
Como o efluente de esgoto tratado é rico em sais dissolvidos, este pode fornecer quantidade considerável destes para a produção de culturas agrícolas, podendo ser alternativa viável à economia de fertilizantes a serem utilizados, ao fornecer nutrientes em solução para o preparo de compostos orgânicos. Sendo Goiás o maior produtor de tomate, surge a necessidade de economizar nutrientes, que podem ser complementados com a irrigação de água residuária. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a água residuária de origem doméstica qualitativamente e quantitativamente visando o cultivo de tomate Santa Cruz no município de Urutaí, Go. As amostras foram coletadas durante o período de cultivo do tomate Santa Cruz, originadas de lagoa de estabilização, presente próximo ao local de plantio. As análises qualitativas e quantitativas da água residuária doméstica utilizada foram realizadas no Laboratório de Química Inorgânica da Universidade Estadual de Goiás, Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo. As análises realizadas foram: pH, condutividade elétrica (CE), oxigênio dissolvido (OD), temperatura, turbidez, alcalinidade, Coliformes totais, Escherichia coli (E. coli), nitrato, amônia, potássio, manganês, fósforo, sódio, ferro, cálcio, magnésio, cloreto, sulfato, boro, cobre, molibdênio, demanda química de oxigênio (DQO) e demanda bioquímica de oxigênio (DBO5). A média da temperatura encontrada no experimento (25,54±1,11oC) demonstra um valor favorável para o cultivo de tomate. O valor médio da turbidez encontrada no experimento é de 139,33±43,85 NTU, indicando um valor aceitável em relação as águas superficiais, o que nos mostra que o feixe de luz ainda é capaz de atravessar água turva. O sódio é um dos parâmetros que mais interfere no teor de sais no solo, e a salinidade aumenta a incidência de podridão apical, tornando os frutos inutilizáveis tanto para o consumo quanto para a indústria, o que não foi observado neste estudo. Os resultados demonstram que é viável a irrigação de tomate Santa Cruz utilizando a água residuária de origem doméstica avaliada.