CULTIVO DE FEIJÃO IRRIGADO COM ÁGUA RESIDUÁRIA E ADUBADO COM MICRONUTRIENTES
Autores
ANANDA HELENA NUNES CUNHA
UFG
FERNANDA PEREIRA GOMES
UEG
CLEIDE SANDRA TAVARES ARAÚJO
UEG
ÁLVARO DE OLIVEIRA CARDOSO
IFGoiano
MATEUS DE SOUZA VALENTE
IFGoiano
Palavras-chave:
Reutilização. Nutrição. Produtividade.
Resumo
O feijoeiro é uma planta exigente em nutrientes (macro e micro) devido ao seu sistema radicular reduzido e o ciclo curto, demandando atenção para a questão nutricional visando a produtividade. A água residuária pode ser uma forma de remediação ambiental, uma vez que reaproveita esta para consumo na produção. Desta forma, o objetivo do trabalho foi produzir feijão (Phaseolus vulgaris L.) irrigado com água residuária e adubado com diferentes doses de boro (adicionado ao Plantin II), via solo, em três estádios fenológicos de desenvolvimento do feijoeiro. O trabalho foi realizado entre setembro e dezembro/2014, no Instituto Federal Goiano-Campus Urutaí, Goiás. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com doses: 0, 100, 200, 300 e 400 g ha-1 de boro, (B) todos os tratamentos adicionados ao Plantin II (composto por 6% de zinco, 0,05% de molibdênio, 3% de boro, 1% de magnésio, 0,5% de ferro, 1,5% de cálcio, 0,5% de manganês, 3,5% de sulfato, 0,5% de cobre e 10% de nitrogênio), com 3 repetições, cada tratamento com 1 vaso com 1 planta cada (total 15 vasos e 15 plantas). Os micronutrientes foram aplicados via solo. Durante o florescimento foram coletadas amostras foliares para analisar a concentração dos macro e micronutrientes. Após a colheita foram analisados nº de grãos/vagens (grãos); nº de vagens/planta (vagens); massa seca total; peso de 100 grãos; volume da raiz e produtividade. A água residuária utilizada foi analisada de acordo com padrões para reutilização. Os dados obtidos no trabalho foram submetidos à análise de variância através do teste F e teste de comparação de médias (Tukey) ao nível de significância de 5%. Não houve diferença significativa entre os valores de: grãos, vagens, massa seca e produtividade, o que sinaliza que as doses aplicadas não fizeram efeito na produção de feijão, apenas houve diferença no peso de 100 grãos. Na análise foliar, o aumento das doses de B aplicados via solo aumentaram a concentração de B nas folhas, e os teores de N e P estão dentro dos níveis críticos de macro nutrientes para a cultura do feijão. A produção média do feijoeiro foi de 1339,15 kg ha-1. O consumo de água no estudo foi de 215 litros de água por planta. É possível produzir feijão irrigado com água residuária e adubado com micronutrientes.