LOUCURA E IMAGINÁRIO EM ANDRÉ LOUCO DE BERNARDO ÉLIS
Resumo
O artigo analisa as nuances de loucura representada na novela André Louco, de Bernarno Élis. O autor goiano tem sua obra marcada pela tentativa de dar voz a personagens silenciados, e aqui, especificamente, à figura do louco. A partir da narrativa regionalista, que se passa na cidade de Goiás, utilizou-se de uma revisão bibliográfica e da análise do discurso com o objetivo de apreender os artifícios narratológicos que podem servir ao historiador no intuito de convencer sobre determinadas representações do passado e de comportamentos que eram naturalizados. O modo como o autor insere a loucura na novela e como trata a mesma no decorrer da narrativa demonstra que, embora em lugar ermo, a complexidade do ser humano num ambiente social vai além das classes sociais e está além de barreiras geográficas. Apontando, inclusive, para a realidade das instituições manicomiais brasileiras que passavam por reformas naquele período.