A LÍNGUA PORTUGUESA NA ESCOLA: PELA DEFESA DA LEITURA E DA ESCRITA COMO OBJETO ORIGINAL NAS AULAS DE PORTUGUÊS

Autores

  • Sérgio Gomes de Miranda Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Linguagem/Língua, Paradigma Moderno, Novas Tecnologias, Leitura, Escrita

Resumo

A linguagem/língua como objeto escolar tem recebido críticas em virtude de sua afiliação ao paradigma moderno. Em virtude dessa adesão, o que se percebe é a estabilização desse objeto e seu distanciamento dos seus usos reais nos contextos mais diversos. Assim, a complexidade é substituída pela nomenclatura gramatical, pela tipologização textual e pela padronização formativa dos gêneros, impedindo o cumprimento do verdadeiro papel escolar de preparação para a vida. A defesa posta aqui é a de que a produção da leitura e a produção escrita sejam os objetos fundamentais para o estudo da linguagem na escola. Essa adesão significa propiciar uma correspondência entre as práticas escolares e as práticas socioculturais mais diversas, bem como significa o empoderamento de docentes e de discentes frente essas práticas indispensáveis ao desenvolvimento humano. A gramática, a tipologia textual e a formatação textual dos gêneros de discurso seriam estudados a serviço da produção da leitura e da produção escrita. O modelo hegemônico na escola se torna ainda mais obsoleto se forem postas sob análise as transformações sociais e as mudanças na capacidade de compreensão dessa nova realidade das formas de ler e de escrever. As novas tecnologias estão no centro da vida social e não podem ser ignoradas nas práticas escolares. À luz dessa defesa feita aqui, a escola poderá exercer seu papel na formação de pessoas ativas no mundo, libertas da ignorância, cidadãs plenas, capazes de gerir sua existência individual e social, tendo como marca identitária a utilização de sua capacidade de linguagem para mediar sua relação com o mundo.

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Publicado

2017-04-21

Edição

Seção

Linguagem e saúde mental