LINGUAGEM SIMBÓLICA E SAÚDE NA VISÃO DA PSICOLOGIA ANALÍTICA DE JUNG
Resumo
Este artigo pretende explorar os conceitos de saúde e adoecimento psicossomáticos sob a ótica junguiana, argumentando que entendimentos mais profundos sobre os mecanismos simbólicos da linguagem, a integração entre o consciente e o inconsciente e o autoconhecimento podem contribuir para o tratamento e a compreensão das patologias mentais contemporâneas. Na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, o adoecimento do corpo é visto como uma forma de comunicação em relação aos desequilíbrios psíquicos. Além disso, a integração entre o consciente e o inconsciente, mediada pela linguagem simbólica, seja essencial para alcançar o equilíbrio psíquico, e, portanto, a saúde mental. Nesse contexto, os símbolos atuam como uma ponte entre o consciente e o inconsciente, revelando conflitos internos, como também, facilitando o processo de individuação. A Psicologia Analítica não busca apenas tratar sintomas, mas promover uma transformação psíquica profunda. Sonhos, fantasias, mitos e até os adoecimentos são considerados significativas manifestações simbólicas, ao oferecerem insumos para a compreensão dos conflitos internos dos indivíduos. A atenção à linguagem simbólica dos sonhos, bem como à arte e outras formas de expressão simbólica, permite uma compreensão mais profunda das questões internas do indivíduo adoecido. Essa abordagem terapêutica visa não apenas aliviar os sintomas imediatos, mas também promover um crescimento pessoal e uma maior integração entre mente e corpo, proporcionando uma perspectiva holística para o tratamento dos transtornos psíquicos e para a promoção do bem-estar. Por isso, ao interpretar esses símbolos, o terapeuta deve acessar conteúdos inconscientes, para promover o equilíbrio emocional e mental do seu paciente/cliente