EFICÁCIA CARRAPATICIDA DE FORMULAÇÕES CONTENDO ÓLEO ESSENCIAL E HIDROLATO DE Rosmarinus officinalis
Resumo
Introdução e objetivos: O Brasil possui o segundo maior rebanho de bovinos do mundo. Entretanto a pecuária bovina sofre severas perdas econômicas devido ao carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus1. A utilização de plantas medicinais é considerada uma alternativa a resistência recorrente aos produtos químicos carrapaticidas. Diante da necessidade de alternativas eficazes e com menores impactos ambientais o objetivo desse estudo foi desenvolver formulações de contato contendo o óleo essencial e o hidrolato da planta Alecrim-da-horta (Rosmarinus officinalis) e avaliar in vitro os efeitos em diferentes etapas do ciclo do carrapato. Metodologia: Para isso foram utilizadas concentrações de 0.5, 2.5, 5.0, 10.0 e 15.0% do óleo essencial e de 23.0% do hidrolato da mesma planta, incorporados nas formulações. Os carrapatos foram tratados com as formulações e avaliados os efeitos das mesmas sobre o índice de produção de ovos, a eclosão larval e a eficácia carrapaticida. Os resultados obtidos foram comparados com produtos carrapaticidas comerciais2,3. Resultados e discussões: Após o 20º dia do tratamento as formulações contendo o óleo essencial apresentaram eficácia acaricida de 26.44 e 40.78%, nas concentrações de 5.0 e 15.0%, respectivamente. A formulação contendo o hidrolato apresentou 62.82% de eficácia. Os resultados demonstraram a atividade carrapaticida das formulações testadas quando comparadas com os produtos químicos utilizados pelos produtores rurais. Conclusões: Os resultados deste estudo destacam a eficácia acaricida obtida com a formulação adicionada do hidrolato que é, em geral, descartado no processo de obtenção do óleo essencial. Entretanto, o hidrolato pode ser considerado uma alternativa ao controle do carrapato dos bovinos. Estudos in vivo devem ser realizados para validar a eficiência das formulações em condições de campo. Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).Downloads
Publicado
2015-06-10
Edição
Seção
Microbiologia
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