ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA REDE MUNICIPAL DE SAÚDE DACIDADE DE ANÁPOLIS/GO: UMA AVALIAÇÃO DOS USUÁRIOS

Autores

  • Carla Afonso
  • Andreia Rodrigues
  • Flávio Ayres
  • Cristiane Santo

Resumo

A Constituição Federal de 1988 determina que o Estado deve garantir o acesso da população à serviços de saúde e a distribuição de medicamentos que é parte fundamental do cuidado à saúde. À luz desta perspectiva atual da terapia medicamentosa, nasceu a assistência farmacêutica1, cujo objetivo é garantir o acesso a medicamentos de qualidade, na quantidade certa, de acordo com as peculiaridades epidemiológicas regionais e salientando o uso racional desses medicamentos, através da orientação profissional baseada numa estratégia de atenção farmacêutica eficiente2. Em virtude da importância do tema dentro da dinâmica assistencial do Estado, este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da assistência farmacêutica oferecida aos usuários do sistema Único de Saúde do Município de Anápolis/GO. Os indivíduos selecionados foram entrevistados em 15 unidades de saúde, totalizando 130 participantes. Destes, cerca de 87% conseguiram obter todos os seus medicamentos nas unidades de saúde, 48,5% receberam algum medicamento de todos os prescritos em sua receita, e apenas 13,2% não conseguiram adquirir nenhum. Destacou-se que 73% relataram não terem condições financeiras para adquiri-los. Dos entrevistados, 55% relataram não ter recebido nenhuma orientação sobre o tratamento farmacológico por parte do dispensador. Apesar do exposto, 75% dos questionados disseram não possuir nenhuma reclamação acerca do funcionamento da farmácia. Dos 25% que afirmaram ter alguma queixa, esta se relacionou à falta de medicamentos nas unidades de saúde (81,8%); à falta de orientação (9,1%) e à burocracia do sistema (6,1%). O presente estudo mostrou que aproximadamente metade da população estudada não tem garantido seu direto de acesso aos medicamentos e uma parcela considerável da amostra não possui condições financeiras para adquiri-los, o que implica em sobrecarga do sistema público de saúde decorrentes do agravamento da doença.

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Publicado

2015-06-10

Edição

Seção

Assist Farmacêutica, Ensino Farmacêutico, Saúde Pública e Ciências Regulatórias