ANÁLISE DE CITOTOXICIDADE DE FISETINA

Resumo

Introdução e objetivos: Fisetina, composto flavonóide extraído de Hymenaea courbaril, conhecida popularmente como “jatobá”, possui propriedades biológicas, antioxidante e anti-inflamatória e foi recentemente detectada como boa atividade antifúngica (Park et al.1; Touil et al.2). Neste trabalho foi determinada a citotoxicidade de fisetina para eritrócitos e células de medula óssea. Metodologia: Para avaliação do potencial hemolítico, os eritrócitos foram obtidos de camundongos. Em placas de microtitulação de 96 poços, a solução de eritrócitos foi incubada com diferentes concentrações de fisetina (0,78 a 200 μg/mL) e o percentual de hemólise analisado por espectrofotometria usando como controles: solução salina (negativo); DMSO+RPMI (veículo) e triton X-100 (positivo). A avaliação da mielotoxicidade foi realizada usando-se placas de petri contendo fator de crescimento (GM-CSF-M), fisetina em concentrações de 6,25 a 200 μg/mL, meio ágar DMEM e células de medula óssea. A leitura foi realizada pela contagem das colônias de granulócitos/macrófagos. Foram utilizados como controles: fator de crescimento + meio ágar DMEM com células de medula óssea (negativo); itraconazol (positivo); DMSO+RPMI (veículo). As concentrações de fisetina utilizadas foram determinadas a partir dos resultados obtidos nos testes de suscetibilidade in vitro. Resultados e discussões: A toxicidade para eritrócitos mostrou que a hemólise ocorreu abaixo de 1% em todas as concentrações testadas. Os efeitos do composto em células progenitoras de granulócitos/macrófagos não provocou alterações de quantidade e tamanho das colônias celulares quando comparadas com o controle, mostrando que este composto apresenta baixa citotoxicidade. Conclusões: O composto tem baixo potencial citotóxico, visto que a hemólise e danos para a medula óssea não foram evidenciadas mesmo em concentrações elevadas.