COMÉRCIO INFORMAL DE PLANTAS MEDICINAIS NAS CIDADES DE GOIÂNIA E SÃO LUÍS DE MONTES BELOS, GOIÁS: ASPECTOS FARMACOLÓGICOS, TOXICOLÓGICOS E DE QUALIDADE.

Autores

  • Sandra Alves de Sousa
  • Thaís Ferreira Lima
  • Raíce Mesquita de Lima
  • Wanessa Machado Andrade
  • Cristiane Karla Caetano Fernandes

Palavras-chave:

Uso popular, “raizeiros”, chás, decocção, falsificações, etnobotânica

Resumo

Introdução e objetivos: O emprego de plantas medicinais para a manutenção e a recuperação da saúde tem ocorrido ao longo dos tempos. A falta de assistência médica faz com que a população recorra às preparações produzidas, por pessoas leigas. O objetivo deste trabalho foi investigar quais as plantas medicinais eram mais comercializadas pelos “raizeiros” de São Luís de Montes Belos e Goiânia, observando seu manejo e os dados farmacológicos e de toxicidade publicados. Metodologia: Foram entrevistados, através de questionário estruturado pelas pesquisadoras, dois raizeiros no município de São Luís dos Montes Belos e três no munícipio de Goiânia. Após a coleta de dados foi feito levantamento bibliográfico nas bases de dados Bireme e Scielo buscando dados sobre a indicação terapêutica e toxicidade. Resultados e discussões: Foram citadas 14 plantas medicinais, pelos nomes populares (Sene, Valeriana, Pé-de-perdiz, Sangra d’água, Barbatimão, Boldo do Chile, Fava de Sucupira, Espinheira Santa, Erva de Santa Maria, Camomila, Pau Tenente, Carqueja, Douradinha e Arnica) 6 delas estão na RENISUS1. As principais indicações citadas foram: anti-inflamatória e digestiva. As indicações terapêuticas relatadas, estão de acordo com estudos publicados. As formas de dispensação das plantas foram: pó (50%) e folhas secas (29%), dado preocupante, pois na forma de pó há um aumento do risco de fraudes e falsificações, bem como, o risco na utilização de misturas de plantas2. Quanto às orientações sobre as formas de preparo, a forma de chá (78%) e garrafadas (28%), foram as mais citadas. No levantamento toxicológico nove plantas apresentaram propriedades toxicas, como hepatotoxicidade e toxicidade gástrica. Conclusão: A comercialização informal de plantas sem a definição de parâmetros de qualidade no manejo e na comercialização e o conhecimento insuficiente é um risco a saúde da população.

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Publicado

2015-06-10