Liberdade de Expressão, Mídia e Tolerância
Resumo
Este artigo busca examinar como a liberdade de expressão, garantida constitucionalmente no país, numa perspectiva liberal, é intolerante sempre que exclui a fala do outro, aliás, há um claro exemplo na mídia, nosso objeto de análise e sobre a qual se sobressai o discurso hegemônico. Não é sem motivos que o liberalismo sempre teve uma necessidade mórbida de se apossar dos meios de comunicação e com isso da liberdade de expressão, filtrando essa liberdade conforme os seus interesses. De tal modo que nesta pesquisa pode-se afirmar que isso gera a exclusão do outro e, consequentemente, contribui para a reprodução de uma sociedade intolerante, bárbara, desigual e violadora de direitos humanos. O objetivo geral do estudo é identificar como a liberdade de expressão é manipulada pelo interesse capitalista vigente e verificar se essa manipulação pode produzir ou não intolerância a partir da mídia. Utilizou-se, para tanto, como metodologia a análise bibliográfica a partir da abordagem central de Wolff (2004) sobre tolerância, civilização e barbárie entre outros como Hunt, Flores, Rosas, Douzinas, Habermas e etc.. Desse modo, tendo em vista as bibliografias estudadas, conclui-se que a liberdade de expressão reproduzida pela mídia mantêm marcas ideológicas de opressão, intolerância, barbárie e violação de Direitos Humanos.