O Etno-desporto indígena
entre noções, significados e práticas de um campo científico em movimento
Palavras-chave:
Etno-Desporto, Práticas culturais, Jogos tradicionais, Mimesis, Campo científicoResumo
O Etno-desporto e por extensão, as variadas práticas do etno-esporte indígena, compreende um universo de significados. Quer seja no campo conceitual, no cotidiano das práticas corporais ou nos espaços construídos para ‘esse praticar’ socialmente o corpo e significar suas tradições. A compreensão do amplo conjunto de práticas corporais é maior que qualquer nome ou conceito. É disso sobre isso que indagamos nesse texto. Considerar o ‘lugar social’ e o tempo específico em que se forja o etno-esporte, como sendo parte da vida social dos povos indígenas e, cujos Kaingang, me ajudaram a olhar, será o eterno desafio para nós, cientistas. O contexto, as negociações, tensões, novos arranjos do etno-esporte devem ser considerados quando ousamos refletir sobre suas práticas. Esse texto objetivou retomar o conceito Etno-Deporto, forjado na tese (2006) entendendo-o como um campo consolidado, porém em movimento, expansão e ascensão.
Referências
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1989.
CHAN, Piña et al. Games and sport in old Mexico. (No Title), 1969.
CULLIN, S. Games of the North America Indians. New York. Dover Publications
Inc., 1975.
DURKHEIM, Émilie. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: MartinsFontes, 1996.
FASSHEBER & FERREIRA. The ethnofootball of the Brazilian indigenous women. In: Jorge Knijnik; Ana Costa. (Org.) Women? s Football in Latin America: Social Challenges and Historical Perspectives. 1ed.New York: Springer Nature - Palgrave Macmilla, 2022, v. 1, p. 285-303.
FASSHEBER & FREITAG. Xikunahaty. In: FERREIRA e VINHA. (Orgs.). Celebrando os Jogos, a memória e a Identidade. 1ed.Dourados: UFGD, 2015.
FASSHEBER & FREITAG. O Zicunatí: representação do Brasil Nação no início do século XX. ATHLOS. Revista Internacional de Ciências Sociales de laActividad Física, elJuego y el deporte, v. X, p. 75-90, 2016.
FASSHEBER, FREITAG, FERREIRA. Jogos dos Povos Indígenas: um lugar de negociações sociais. In: Beleni Salete Grando; Luiz Augusto Passos. (Orgs.). O Eu e o Outro na Escola: contribuições para incluir a história e a cultura dos povos indígenas na escola. Cuiabá: EdUFMT, 2010.
FASSHEBER, José Ronaldo Mendonça. Etno-Desporto Indígena: contribuições da Antropologia Social a partir da Experiência entre os Kaingang. 2006. 170 f. Tese (doutorado em Educação Física). Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas. 2006.
FASSHEBER, José Ronaldo Mendonça. Etno - desporto indígena: a Antropologia Social e o campo entre os Kaingang. Brasília: Ministério do Esporte, 1º Prêmio Brasil de Esporte e Lazer de Inclusão Social, 2010.
FASSHEBER, José Ronaldo Mendonça. Etnodesporto, a guerra dos guerreiros. In: Universidad Nacional de Cordoba. (Org.). X Reunión de Antropologíadel Mercosur. 1ed.Córdoba: Ed. UnC, 13.
FASSHEBER, José Ronaldo Mendonça. Juegos Indigenas: figuraciones y mimesis en Norbert Elias. In: Kaplan, Carina & Orce, Victoria. (Org.). Poder, Prácticas Sociales y proceso civilizador: los usos de Norbert Elias. Buenos Aires: NOVEDUC, 2009.
GEERTZ, Cliford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
HOBSBAWN, E. & Ranger, T. A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e
Inc., 1975.
KOSELLECK, Reinhart. ‘Espaço de experiência’ e ‘horizonte de expectativa’: duas categorias históricas. In: KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto Ed. PUC - Rio, 2006.
LÉVI – STRAUS, Claude. O pensamento selvagem. Campinas: Papirus, 1997.
KYLASOV, Alexey. Ethnosport — cultural heritage/Youth – Culture - Politics: historical memory and civilization choice: VIII Commemorative Alexander Panarin Readings (2010): Collection of articles/Ed. V . Rastorguev-Moscow: Moscow State University, MAKS Press (in Russian). 2012.
LÓPEZ von VRIESSEN, C. La etnologia del juego aborígen en Chile. Uma propuesta como nueva disciplina de la Ciência de la Atividade Física para Latinoamerica. Em coletânea. In: V Encontro de História do Esporte, Lazer e Educação Física. Maceió: Universidade Federal do Alagoas, 1997. Disponível em: https://deportesmapuches.cl/publicaciones.htm, acessado em; 27 janeiro 2024.
MELATTI, Julio Cesar. O sistema social Craô. Série Antropológica, 1970
NABOKOV, P. Indian running. Santa Barbara: Capra Press, 1981.
NIMUENDAJÚ, Curt. A corrida de toras dos Timbira. Revista MANA. v.7. n.2. Rio de Janeiro: Contra Capa, out., 2001.
RENSON, R. & van Mele, V. Traditional games in South America. Schorndorf:Hofmann, 1992.
ROCHA FERREIRA, Maria Beatriz & FASSHEBER, José Ronaldo Mendonça. Juegos Indígenas: figuraciones ymimesis em Norbert Elias. In: KAPLAN, K. & ORCE, V. Poder, prácticassociales yproceso civilizador: los usos de Norbert Elias. Buenos Aires: NOVEDUC, 2009.
ROCHA FERREIRA, Maria Beatriz et al. Jogos Tradicionais Indígenas. In: COSTA, L. P.(org.) Atlas do Desenvolvimento do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e Lazer no Brasil. Rio de Janeiro: Shape Editora, 2005. (edição bilíngue).
TAUSSING, M. Mimesis and alterity: a particular history of the senses. New York, London: Routledge, 1993.
Terra, 1984.
TOLEDO, Luiz Henrique de. Futebol e teoria social: aspectos da produção científica brasileira (1982-2002), 200, Revista Brasileira De Informação Bibliográfica Em Ciências Sociais, (52).
VIANNA, Fernando Fedola de Luiz Brito. A bola, os" brancos" e as toras: futebol para índios xavantes. 2001. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.
VINHA, Marina. Corpo-sujeito Kadiwéu: jogo e esporte. Campinas: EF/UNICAMP,2004. Tese de Doutorado.
VINHA, Marina. Memórias do guerreiro, sonho de atleta: jogos tradicionais e esporte entre jovens Kadiwéu. Campinas: FEF/UNICAMP, 1999. Dissertação de
Mestrado.
VINHA, Marina. Corpo-sujeito Kadiwéu: jogo e esporte. Campinas: FEF/UNICAMP,2004. Tese de Doutorado.
WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. 4ªed., Brasília, Editora Universidade de Brasília, 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Esta revista eletrônica oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público, contribuindo assim para a democratização do conhecimento.