A Liderança Feminina e as Redes de Solidariedade na Favela Nossa Senhora Aparecida em Londrina/PR

Autores

Palavras-chave:

Periferia Urbana, Segregação socioespacial, Gênero, Londrina

Resumo

O acelerado processo da urbanização brasileira acarretou alguns problemas como o déficit habitacional que, em 2019, atingiu 5,9 milhões de moradias, intensificando assim as desigualdades. Destaca-se que a segregação das moradias tende atingir de forma diferente as mulheres, visto que são elas que assumem a responsabilidade afetiva da casa e convivem cotidianamente com os problemas relacionados a falta de moradia, escolas, creches, áreas de lazer, postos de saúdes. Objetivou-se refletir sobre a rede de solidariedade Amigas do São Jorge, projeto social composto por dez mulheres que realizam ações em âmbito educacional, alimentício, de segurança física e emocional junto a população da favela Nossa Senhora Aparecida, em Londrina, Brasil. Os procedimentos metodológicos foram estabelecidos a partir de trabalho de campo com observação simples e entrevistas semi-estruturadas. Conclui-se, que tecer redes de solidariedade para obtenção de recursos e assim garantir melhores condições de vida à existência dessas famílias, se torna fundamental.

Biografia do Autor

  • Caroline Berger de Paula, Universidade Estadual de Londrina-UEL

    Doutoranda em Geografia no Programa de pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual de Londrina – PPGEO/UEL. Graduada na modalidade  de bacharelado e licenciatura em Geografia na Universidade Estadual de Londrina e mestrado também pela mesma instituição. Especialista em Educação de Jovens e Adultos pela Faculdade São Braz. Realiza pesquisa nas áreas de produção do espaço urbano, habitação,  questões de gênero e projetos sociais em favelas.

Referências

COBOS, E. P. La ciudad capitalista enelpatrón neoliberal de acumulaciónen América Latina. In: Cadernos Metrópole, São Paulo, v.16, n. 31, junho, 2014.

CORREA, R. L. O espaço urbano. Rio de Janeiro: Ed. Ática, 1989.

DAVIS, A. Mulheres, Raça e Classe. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2016.

DRAIBE, S. M. As políticas sociais brasileiras; Diagnósticos e Perspectivas. In: Para a década de 90. Prioridades e perspectivas de políticas públicas. Brasília: IPEA/IPLAN, 1989.

DURKHEIM, É. Da divisão do trabalho social. São Paulo. Abril Cultural,1983.

FALS BORDA, Orlando. Orígenes universales y retos actuales de la IAP (InvetigaciónAcción Participativa), Peripecias, n. 110, 2008.

FRESCA, T. M. Mudanças recentes na expansão físico-territorial de Londrina. Geografia Londrina, Revista do Departamento de Geociências, Londrina, v. 11, n. 2, jul./dez. 2002.

GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo. Editora Atlas S.A, 2012.

GHERARDI, S. Organizational knowledge: the texture of workplace learning Oxford: Blackwell Publishing. 2006

HARVEY, D. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. 6. ed. São Paulo: Loyola, 1992.

LEFEBVRE, H. Critique de la vie quotidienne. Paris: L’Arche, 1958, v. 1.

LEFEBVRE, H. A Revolução Urbana. Belo Horizonte, Humanitas, 2004.

LEFEBVRE, H. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo, Editora Ática. 2001.

LEFEBVRE, H. O Direito à Cidade. São Paulo, Centauro, 2006.

MARICATO, E. A terra é um nó, na sociedade brasileira… também nas cidades. Cultura Vozes, Petrópolis, v. 93, n. 6, p. 7-22, 1999.

MARICATO, E. Metrópole, legislação e desigualdade. Estudos Avançados, São Paulo, v. 17, n. 48, p. 151-166, 2006.

SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 2013.

SAQUET, M. A. Saber Popular, Práxis Territorial e Contra-Hegemonia. Rio de Janeiro: Consequência, 2019, 144 p.

SCRIBANO, A.; SENA, A. De. A entrevista: um olhar sobre a escuta a partir de duas experiências. NORUS. vol. 8, nº 13, p. 122-145, Jan/Jul/2020.

VEIGA, L. A. Gênese e Dinâmica das fábricas de mesas para bilhar no Centro-Sul brasileiro. 2014. 251 f. Tese (Doutorado em Geografia). Programa de Pós-Graduação em Geografia, Centro de Ciências Humanas, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2014.

VILLAÇA, F. Espaço intraurbano no Brasil. 2. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2001.

Downloads

Publicado

2024-07-19