FRONTEIRA VIVA DO ENCONTRO DO MUNDO INDÍGENA COM O NÃO INDÍGENA NO FAZER DE SALA DE AULA
DOI:
https://doi.org/10.31668/rt.v12i2.14732Palavras-chave:
Interculturalidade, Decolonialidade, Educação, Povos IndígenasResumo
Este artigo intersecciona vivências acadêmicas e profissionais de três educadoras que cruzaram suas trajetórias no seio de uma rede de saberes constituída a partir do Curso de Educação Intercultural (UFG), na qual se insere o ‘Grupo de Pesquisa Interculturalidades’. Nesse sentido, as autoras refletem as transformações em suas perspectivas teóricas, em suas formas de fazer pesquisa e na releitura crítica das abordagens das temáticas indígenas nos currículos de ensino da educação básica e do ensino superior. Ademais, produzem uma análise consubstanciada nas leituras realizadas por esse grupo, procurando mostrar como os esses conhecimentos e, particularmente aqueles de seus trabalhos de mestrado e doutorado, são ressignificados em suas próprias dinâmicas de vida e fazeres de sala de aula. Para tanto refletem sobre o compartilhamento de saberes, as suas condições de entre-lugar e as lições apreendidas nesses contextos, seja os que desenvolveram no espaço universitário, seja nos encontros em Terras Indígenas.
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