Justiça e misericórdia: o papel do perdão real na Inglaterra do Século XV
Justice and mercy: the role of the royal pardon in England of the 15th century
DOI:
https://doi.org/10.31668/revistaueg.v11i01.12123Resumo
Na Inglaterra durante 1455 a 1485, em meio a diversos outros conflitos, desenrolava-se uma disputa dinástica denominada Guerra das Rosas, na qual os nobres e demais súditos do reino procuram diferentes justificativas para defender ou atacar as duas proeminentes casas reais, a Lancaster – encabeçada por Henry VI (1421-1471) – e a York – representada por Edward Plantagenet (1442-1483). À medida que se desenrolavam os embates e com as constantes mudanças no trono, aumentam-se as solicitações pelo perdão régio, esperando contar com as qualidades piedosas do soberano. Tendo isto em vista, lançando mão de duas crônicas, a Chronicle of the Rebellion in Lincolnshire,1470 e a History of the Arrival of Edward IV in England and the final recovery of his kingdoms from Henry VI (1471), ambas escritas por autores anônimos. Trabalharemos as descrições sobre a concessão do perdão e a forma que tais narrativas buscaram exaltar as virtudes do então rei Edward IV (1461-1470;1471-1483). Dado que o soberano deveria agir em nome do commonweal, amparado pelos valores da moral cristã, mostraremos como tais escritos justificaram a legitimidade desse monarca e suas ações na guerra através da sua piedade e misericórdia, evidenciando a importância de tal característica para a longevidade do reinado de Edward IV e para a organização do reino inglês.
Palavras-chave: Perdão régio. Inglaterra. Século XV.
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