Os percalços e menções perigosas nos relatos de viagem de nobres quatrocentistas
Resumen
Resumo: O presente artigo[1] tem como intuito problematizar os relatos de viagem ao oriente, escritos por nobres castelhanos durante o século XV, acerca das menções perigosas ao longo dos percursos desses viajantes. O artigo tem como objetivo discorrer sobre como os homens que se colocavam em viagem rumo a leste punham por escrito as passagens que poderiam significar uma barreira à viagem e um risco a sua segurança, de forma que seja possível analisar como os nobres castelhanos desse período encaravam o ato de se deslocar por terras distantes assim como os percalços que se apresentavam em tal atividade. Para tal serão cotejados dois relatos de viagem: Embajada à Tamorlán, escrito por Ruy González de Clavijo, narrando a viagem a serviço do rei Enrique III de Castela, até a corte do líder mongol Tamerlã, entre 1403 e 1406; e Andanzas y viajes de un hidalgo español, relato sobre as viagens do cavaleiro andante Pero Tafur, realizadas entre 1435 e 1439. O estudo é norteado pela interrogação acerca do que se esperava do desconhecido e em que medida este seduzia ou causava medo, assim como pela análise da imagem deste desconhecido traçada por estes viajantes.
Palavras-chave: Viagens. Quatrocentos. Perigos. Dificuldades. Nobres.
[1] Este artigo é uma parte da pesquisa desenvolvida durante o ano de 2015, com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), também é resultado de pesquisa desenvolvida no âmbito do Projeto Temático “Escritos sobre os Novos Mundos: uma história da construção de valores morais em língua portuguesa”, financiado pela FAPESP.
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