A Castro e a morte da memória: Joaquim José Sabino, poeta e burocrata em circulação pelo Atlântico (1790-1840)

Autores

  • Romário Sampaio Basílio Universidade Nova de Lisboa

Resumo

Resumo: Neste trabalho exponho os resultados de uma investigação que acompanha a trajetória do português Joaquim José Sabino no Império Luso-brasileiro em finais do século XVIII, até primeiro quartel do Oitocentos, e seus movimentos pelo Atlântico. Os extratos resgatados demonstram a articulação do sujeito com o campo intelectual onde estava inserido e, para além disso, as suas ações podem ser definidas dentro de uma cultura burocrática e literária da primeira metade do século XIX. Na crise do Antigo sistema colonial, esses “burocratas ilustrados” apresentaram, nos seus campos de atuação, um largo conjunto de escritos memorialísticos, ensaísticos, poéticos e dramáticos que foram colocados a serviço de seus interesses pessoais, mas também de grupo. Muitos desses escritos permaneceram em manuscrito e foram postos em circulação pelo Império, enviados a autoridades; outros chegaram aos prelos, tendo sido os seus objetivos, nem sempre intelectuais, alcançados com mercês, reconhecimento ou mesmo interlocução com membros da administração colonial. Ao nível das proposições e dos problemas, as questões colocadas referem-se a uma tentativa, nos diversos campos, de perceber as hierarquias políticas e intelectuais e os usos sociais da escrita, numa sociedade com limitado acesso às mínimas letras.

Palavras-chave: Maranhão. Portugal. Memórias. Poesia. Memória.

Biografia do Autor

  • Romário Sampaio Basílio, Universidade Nova de Lisboa

    Doutorando em Estudos sobre a Globalização pela Universidade Nova de Lisboa (NOVA).

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Publicado

2018-12-20

Como Citar

A Castro e a morte da memória: Joaquim José Sabino, poeta e burocrata em circulação pelo Atlântico (1790-1840). (2018). Revista De História Da UEG, 7(2), 82-104. //www.revista.ueg.br/index.php/revistahistoria/article/view/8656