Uma luta contra o “indiferentismo”: Imprensa Médica e Charlatanismo no Brasil em meados de 1860
Resumo
Resumo: Este artigo analisa o conceito de imprensa médica no Brasil em meados de 1860 a partir da temática do charlatanismo apresentada em dois jornais médicos: Os Annaes Brasilienses de Medicina (ABM) e a Gazeta Medica da Bahia (GMB). Parte-se de um método de leitura crítica das fontes, que não se caracteriza como estudo comparativo, mas sim relaciona o referido conceito com categorias históricas específicas como Estado, poder, classe médica e imprensa, interligadas em vários aspectos. Nossas reflexões dividem-se em quatro partes: na primeira, explicitamos a conceitualização das categorias mencionadas; na segunda, apresentamos brevemente as folhas médicas; na terceira, analisamos aparições do charlatanismo nas mesmas; por fim na quarta refletimos sobre tais aparições que sustentam nosso argumento de que a imprensa médica da segunda metade do século XIX era instrumento de luta política ligado a reivindicações de grupos médicos específicos. Tratava-se de fazer dos jornais lugares participantes de uma luta por poder em voga, onde os médicos que os sustentavam demandavam, de formas ora parecidas, ora diferentes, o reconhecimento de sua classe profissional como autoridade exclusiva para tratar dos assuntos relativos à saúde- esta mesma um negócio do Estado na década de 1860.
Palavras-chave: Imprensa Médica. Charlatanismo. Annaes Brasilienses de Medicina. Gazeta Medica da Bahia. Estado Imperial.
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