Avanços e rupturas nas produções da Intelectualidade Africana e suas influências nos Estudos Afro-Brasileiros
Resumo
Resumo: O presente artigo[1] propõe refletir sobre os avanços experimentados pela historiografia africana e sua influência nas produções afro-brasileiras. A primeira parte preocupa-se em compreender o pensamento de uma intelectualidade africana de meados do século XIX, a qual apresentava o dilema entre ser como os do centro (Europa) ou ser como eles mesmos. Em seguida, a discussão será verticalizada no sentido de analisar as fases experimentadas por esses estudos africanos, divididos de forma bastante didática pelo pesquisador guineense Carlos Lopes (1989) que as denominou de: Inferioridade, Superioridade e Nova História africana, momentos que permitem visualizar os avanços e rupturas de uma produção historiográfica que rompeu com o paradigma eurocêntrico em busca de uma identidade, balançando assim o pêndulo da História e invertendo a pirâmide das narrativas eurocentradas. Na terceira parte do artigo, busca-se atentar para as produções brasileiras que também foram reflexos das mudanças experimentadas por essa historiografia do continente africano, principalmente na forma de perceber o sujeito africano diaspórico e a relação Brasil/África no “rio chamado atlântico”.
Palavras-Chave: Historiografia africana. Narrativas eurocentradas. Sujeito africano diaspórico. Relações Brasil/África.
[1] Este artigo é uma versão ampliada e problematizada do seguinte estudo: COSTA, Lidiana Emídio Justo. Reflexões sobre a gente negra d'aqui e d'além-mar: trajetórias, conexões e possibilidades nos estudos africanos e afro-brasileiros. Dia-Logos - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em História da UERJ, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p.1-14, jan.-jun.2018.
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