Línguas africanas e a pesquisa em História da África a partir do Brasil: um desafio em aberto

Autores

  • Felipe Barradas Correia Castro Bastos Doutorando em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Resumo

Resumo: Em que pesem os notáveis avanços proporcionados pela promulgação de leis voltadas à consolidação do campo de estudos africanos e afro-brasileiros no Brasil, a ausência de ensino de línguas africanas persiste como um entrave à realização de pesquisas em contextos africanos. Este texto tem por objetivo demonstrar teórica e metodologicamente a pertinência do treinamento linguístico para ressaltar a premência da implantação de cursos de línguas africanas em universidades brasileiras. Para tanto, a exposição articulou-se sobre recortes heterogêneos que situassem historicamente o interesse de instituições e indivíduos ocidentais na apreensão de línguas africanas, em particular a língua suaíli [Kiswahili], desde o estabelecimento do domínio colonial no continente à apropriação simbólica do suaíli em contextos marcados pela diáspora e pela discriminação racial como os Estados Unidos e o Brasil. O cerne da argumentação perpassa o aproveitamento das potencialidades simbólicas e metodológicas do ensino de línguas africanas no Brasil, contemplando uma reflexão acerca dos principais ganhos analíticos que podem advir de sua incorporação no campo da História da África no país.

Palavras-chave: História da África. Língua suaíli. Ensino de línguas africanas.

Downloads

Publicado

2018-09-04

Como Citar

Línguas africanas e a pesquisa em História da África a partir do Brasil: um desafio em aberto. (2018). Revista De História Da UEG, 7(1), 187-206. //www.revista.ueg.br/index.php/revistahistoria/article/view/7739