"Direitos Humanos no Banquete dos Mendigos": um registro fonográfico e político da cena musical no Brasil ditatorial de 1973

Autores

  • Diego de Moraes Campos Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

Resumo: O objetivo desse artigo é refletir sobre os significados históricos do álbum "Direitos Humanos no Banquete dos Mendigos" (1974/1979), compreendido como um documento sonoro do show-manifesto dirigido pelo compositor Jards Macalé e pelo artista plástico Xico Chaves, no conturbado ano de 1973, em plena ditadura empresarial militar brasileira (1964-1985), no MAM (Museu de Arte Moderna) do Rio de Janeiro. Esse ato político-cultural reuniu uma parcela expressiva da cena musical da época, em defesa da “Declaração Universal dos Direitos Humanos” de 1948, contando com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). A gravação dos áudios do show foi censurada em 1974, sendo posteriormente relançada em vinil (em 1979) e em CDs (em 2015), como registro fonográfico de um protesto humanista, democrático e libertário do campo cultural nesse período histórico. Procuro situar esse evento na discografia de Macalé e também destacá-lo como uma obra coletiva diversificada, importante para o acervo da história da música popular brasileira.

Palavras-chave: Jards Macalé. Direitos Humanos. Ditadura. MPB.

Biografia do Autor

  • Diego de Moraes Campos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutorando em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

    Mestre em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG). 

    Professor efetivo da SEDUCE-GO.

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Publicado

2017-12-29

Edição

Seção

Artigos (Tema Livre)

Como Citar

"Direitos Humanos no Banquete dos Mendigos": um registro fonográfico e político da cena musical no Brasil ditatorial de 1973. (2017). Revista De História Da UEG, 6(2), 107-128. //www.revista.ueg.br/index.php/revistahistoria/article/view/6909