“Guardar é para tirar depois”. Disputas territoriais e conceituais em uma unidade de conservação: o caso da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (Amazonas – Brasil)
Resumo
Resumo: Preservar ou conservar a biodiversidade? Paradigmas que são alvos de disputa entre populações tradicionais de uma unidade de conservação: a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá (AM). A disputa em questão trata-se da destinação de um território (e seus lagos, recursos pesqueiros e faunísticos) como uma área de proteção total. O objetivo deste trabalho é refletir sobre esta controvérsia entre agentes sociais que disputam sua ação sobre um território com base em diferentes percepções da conservação. O estudo de caso apresentado aqui ilustra a micropolítica da conservação da biodiversidade em uma área disputada por três grupos de interesse que fazem alianças, negociam normas e formulam estratégias de governança do território. Os resultados da pesquisa mostram que estratégias de conservação da biodiversidade devem considerar motivações econômicas e políticas. Na Amazônia, onde os territórios são amplos e a capacidade institucional limitada, as motivações sociais podem servir como incentivo para a conservação, caso os agentes sociais considerem os benefícios importantes[1].
Palavras-Chaves: Unidade de Conservação. RDS Mamirauá. Biodiversidade. Disputas territoriais.
[1] Uma primeira versão deste artigo foi apresentada no 37º Encontro Anual da ANPOCS, Seminário Temático No. 39: Neodesenvolvimentismo e conflitos ambientais urbanos e rurais: disputas por espaço e recursos entre classes e grupos sociais.
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