“Ouzarão vir furtar descaradamente, e buscar novos companheiros, quando ouzavão até pôr fogo ás Cazas”: escravizados em fuga na vila de São José de Macapá
"They dared to shamelessly steal and seek new companions, when they dared to even set fire to houses": enslaved on the run in the village of São José de Macapá
Resumo
Este artigo tem como objetivo compreender e explicar as fugas de africanos escravizados na fronteira setentrional amazônica (atualmente Estado do Amapá) durante a segunda metade do século XVIII. Utilizou-se documentos transcritos do arquivo público do Pará e do arquivo histórico ultramarino para identificar as táticas de sobrevivência dos trabalhadores negros que viviam na vila de São José de Macapá e os que trabalharam na construção da fortaleza de São José. Percebeu-se que os fugidos criaram várias estratégias para fugir e se manterem em proteção nos mocambos. A principal rota de fuga foi direcionada para o rio Araguari por dois fatores principais: a geografia composta por florestas e rios, bem como, o território era disputado entre Portugal e França o que gerava pouco controle na região em litígio.
Palavras-chave: Africanos. Escravizados. Fugas. Macapá. Quilombos.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos na Revista de História da UEG. Os conteúdos publicados, contudo, são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores, ainda que reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação. Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite a distribuição deste material:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial;
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais , podem limitar o uso do material.