Fatores associados à automedicação: uma análise a partir dos profissionais de drogarias privadas de Gurupi, Tocantins

Autores

  • Alice Ruthe Mazutti
  • Lucimeire Aguiar de Jesus Teixeira
  • Érica Eugênio Lourenço Gontijo
  • Marcos Gontijo da Silva

Resumo

A automedicação encontra-se amplamente inserida enquanto prática exercida pelos brasileiros, inclusive por indicação de atendentes de farmácia. Sabe-se que esta não é livre de riscos, mas pode trazer benefícios. Esta pesquisa foi realizada na cidade de Gurupi-TO, analisado por entrevista estruturada o perfil dos atendentes e as indicações de medicamentos no balcão de drogarias privadas. Foram pesquisados 30 estabelecimentos e entrevistados 53 profissionais. Todos afirmaram indicar medicamentos para automedicação. A idade média dos atendentes foi 30 anos. Com predomínio de homens (77,36%). A maioria apresentou como escolaridade o ensino médio (60,39%). Os balconistas representaram 84,91% e farmacêuticos 15,09%. Quanto às indicações, para dor de garganta 34,55% indicaram nimesulida, para dor ao urinar 30,78% indicaram norfloxacino, para dor gástrica, 47,17% indicaram omeprazol, para dor muscular e dor de coluna 50,94% indicaram o mesmo tratamento, sendo o composto carisoprodol, diclofenaco de sódio, paracetamol e cafeína. Dos pesquisados 73,99% indicaram medicamentos de “tarja vermelha”. Não foram encontrados erros de indicação significativos, porém a maioria não informou a duração do tratamento. A prática da automedicação se mostra importante, pois é inviável o atendimento médico a população devido ao número de médicos ser insuficiente, sendo que cada um deve atender a 1362 pessoas. Assim deve-se deixar de lado as interpretações simplistas que consideram a automedicação irracionalidade/ignorância. Conclui-se que é comum a indicação de medicamentos por pessoas não habilitadas, sendo importante documentar estas práticas de consumo visando fornecer elementos para a proposição de medidas por parte do poder público.

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Publicado

14-02-2018

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

Fatores associados à automedicação: uma análise a partir dos profissionais de drogarias privadas de Gurupi, Tocantins. (2018). Movimenta (ISSN 1984-4298), 6(1), 398-410. //www.revista.ueg.br/index.php/movimenta/article/view/6895

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