VIII SEMÍNARIO DE SAÚDE MENTAL Universo Líquido: O que me conecta ao mundo me desconecta de mim?
Palavras-chave:
Saúde mental, universo líquido, conectar ao mundoResumo
Inspirados pelas inquietações do nosso tempo, os estudantes do oitavo período de Enfermagem da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), organizaram este seminário com a proposta de transformar reflexões em expressões, conhecimento em arte e o espaço acadêmico em palco de escuta e transformação social. A temática escolhida – Universo líquido: o que me conecta ao mundo, me desconecta de mim? – convidou a pensar sobre os impactos da hiperconectividade e das tecnologias digitais nas relações humanas, na subjetividade e na saúde mental. Em tempos de laços frágeis, máscaras sociais e excesso de estímulos, o seminário propôs uma pausa. Um mergulho no desconforto, um convite à presença. O evento reafirmou o papel da universidade pública como espaço de compromisso ético e político com a sociedade. Por isso, com alegria recebemos estudantes, professores, técnicos administrativos, profissionais da saúde de diferentes municípios e regiões, trabalhadores, usuários da Rede de Saúde Mental e representantes da comunidade externa. Este encontro materializou o que a extensão universitária propõe: diálogo, escuta e construção coletiva. A proposta foi que cada participante pudesse se reconhecer como agente de mudança. A partir do seu lugar, da sua profissão, da sua vivência, todos tiveram um papel fundamental na luta contra as desigualdades sociais, o racismo, a discriminação de gênero, o capacitismo, a fome e a pobreza. A transformação exigiu movimento – e começou por nós. As reflexões também resultaram em 46 resumos apresentados nas modalidades pôster e oral. Este seminário também foi atravessado pelas provocações dos próprios estudantes que, ao observarem o mundo, questionaram sua própria geração. Com olhar sensível e crítico, refletiram sobre as redes sociais, a inteligência artificial e a virtualidade das relações contemporâneas. Reconheceram a eficiência dos avanços tecnológicos, mas também expressaram a falta de tempo, do encontro, do silêncio criativo. Quiseram pensar, quiseram ser. E foi nesse espírito de busca e expressão que a arte entrou em cena. Através da mostra artística, os estudantes se colocaram em movimento, lançaram perguntas, tiraram suas máscaras e se aproximaram de si mesmos. Este foi um momento de partilha, aprendizado e reconexão com o que realmente importa: o outro, o mundo e, sobretudo, nós mesmos.
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