SINTOMAS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM FISIOTERAPEUTAS: REVISÃO SISTEMÁTICA
SYSTEMATIC REVIEW
DOI:
https://doi.org/10.31668/movimenta.v16i1.13544Palavras-chave:
Dor musculoesquelética; Doença musculoesquelética; Fisioterapeuta.Resumo
Os sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho representam um problema de saúde pública, com custos para empregadores, empregados e sistemas de saúde. Os fisioterapeutas podem desenvolver esses sintomas, devido à natureza física da profissão. O objetivo desta pesquisa foi verificar a prevalência de sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho em fisioterapeutas e relacionar aspectos sociodemográficos e ocupacionais com estes sintomas. Dois pesquisadores independentes realizaram a busca nas bases de dados SciELO, PubMED, Web of Science, Scopus e PEDro. Foram incluídos artigos que descreveram os sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho em fisioterapeutas, publicados de 2016 a 2020, em inglês, português ou espanhol e que utilizaram o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) como instrumento de avaliação. Doze artigos foram incluídos nesta revisão, todos em língua inglesa. A amostra variou de 42 a 986 fisioterapeutas, com idade entre 21 e 73 anos e a maior parte com média entre 30 e 40 anos. Ao considerar os artigos que avaliaram todos os segmentos corporais, a maioria dos fisioterapeutas apresentou sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho em pelo menos um segmento corporal (78,1% a 96%). Os segmentos corporais mais afetados foram a região lombar (32,3% a 66%) e cervical (36,3% a 63%). Profissionais do sexo feminino, com idade avançada, com carga horária de trabalho semanal superior ou igual a 40 horas, maior tempo de prática, que atuam em clínicas, ambulatórios e hospitais, apresentam mais sintomas osteomusculares. Conclui-se que fisioterapeutas têm alta prevalência de sintomas osteomusculares e que aspectos sociodemográficos e ocupacionais influenciam nestes sintomas.