RAZÃO E SENSIBILIDADE NO OLHAR DE SAINT-HILAIRE SOBRE AS CIDADES DA PROVÍNCIA DE GOIÁS

Autores

  • DEUSA MARIA RODRIGUES BOAVENTURA Professora e pesquisadora da Universidade Estadual de Goiás e Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • CAROLINA RODRIGUES BOAVENTURA Arquiteta e Urbanista / Mestranda da FAU-USP

Resumo

Resumo: O presente artigo examina o livro Viagem à Província de Goiás de Auguste Saint-Hilaire, a partir de uma criteriosa leitura. Busca entender o discurso do autor sobre as cidades de Goiás do século XIX, iniciando por uma contextualização da escrita do livro e posteriormente destacando as ideias e as práticas criadas em seus modos de observação, como também os vínculos que estão relacionados ao pensamento estético do século XIX e aos aspectos que o levaram a construção das narrativas sobre as cidades goianas. Embora este livro já tenha sido bastante estudado, uma interpretação mais atenta sobre tais narrativas ainda não foi feita. Para a discussão do trabalho foram adotados três textos principais. O de Flora Süssekind, que aposta na predominância do olhar científico dos viajantes sobre os relatos e, que, neles há uma presença quase nula do naturalista diante dos fatos e do quase desaparecimento da sua subjetividade. Numa outra perspectiva encontram-se Ledonias Franco Garcia e Maria Luísa Sallas, que consideram, mais enfaticamente, a conjugação entre a razão e a sensibilidade. Para elas, ambos os entendimentos se apresentam lado a lado nos textos dos viajantes estrangeiros que percorreram o Brasil na primeira metade do Oitocentos, como se nota nas narrativas sobre as cidades goianas, dado que o autor não só elaborou uma descrição mais objetiva sobre elas e as suas paisagens, como também, expressou suas sensibilidades ao observá-las, denotando, desta forma, uma maior complexidade da sua narrativa.

Palavras-chave: Narrativa. Viajantes estrangeiros. Razão e sensibilidade. Cidades da Província de Goiás.

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Publicado

2018-12-28

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Seção

Artigos