DAS ESTRUTURAS AGRÁRIAS À FUNÇÃO DA MULHER NO CAMPO
ESTUDO DE CASO NO ASSENTAMENTO SANTA DICA NO MUNICÍPIO DE PORANGATU / GO
Resumo
O contexto da reforma agrária brasileira é marcado por processos conflituosos de assentamento das famílias. Cita-se como principal a questão do trabalho e da aptidão das famílias para produzir e permanecer na terra. O Assentamento Santa Dica, situado no município de Porangatu/GO, foi utilizado como objeto de estudo para analisar a relação entre a apropriação, o trabalho e a renda para ser considerado um assentamento que atende à demanda do projeto de reforma agrária. O perfil das rendas familiares é mostrado por meio de tabelas, cujos dados foram obtidos a partir de pesquisa in loco, e apresentam dados relevantes para entender a forma como essas pessoas utilizam a terra. Referenciais teóricos como Spavorek (2003), Pinccin (2012), Lopes e Butto (2008), bem como o site do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e do governo de Goiás, dentre outros, serviram para subsidiar o entendimento acerca das formas de uso da terra e os conflitos pela busca da melhoria das condições de vida dos assentados. Constatou-se que a maioria dos assentados não sabem como trabalhar a terra, ou não tem recursos suficientes para fazê-lo, cujo objetivo é o retorno financeiro esperado. O texto também busca analisar como cresceu e se fez importante o papel das mulheres na reforma agrária e como seu papel é importante na produção alimentar familiar. Destaca-se a importância do contato do pesquisador com as mulheres assentadas, sujeitos desse estudo para a consolidação dos dados e da informação, como forma de validar o conhecimento de bases sólidas.
Palavras-chave: Renda. Trabalho. Assentados. Mulher. Santa Dica.